sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Reduzir, Reutilizar e Reciclar

Título nada a ver e tudo a ver. Helene é professora no curso de gestão ambiental e sem dúvida esse é um mote da gestão ambiental. REDUZIR o consumo de produtos que espolie o meio ambiente, REUTILIZAR artigos que ainda estejam em condições de serem usados e quando não for possível reutilizar, ao invés de simplesmente descartar no lixo, procurar RECICLAR os produtos. Anyway, como já disse em um post anterior, na escola da Helene, vários colegas tiveram bebês há pouco tempo e o casal Ana Paula & Sidnei, pais do Francisco e do Frederico, “fechou a fábrica” e gentilmente doou um monte de coisas para o nosso Bebê (berço, chiqueirinho, roupinhas, cadeira de balanço, bebê conforto para o carro, carrinho de bebê etc, fora o guarda-roupa de gestante!). Além deles, nosso filho está herdando outros bens, como um cadeirão do Fernando do Gerardo & Daniela, esterilizador de mamadeiras (as mamadeiras já estão identificadas!) e bebê conforto para carro(mais um), já na 3ª geração! A Timina nos deu mamadeiras de vidro, um Sling e roupas que a filhinha Fernanda e o sobrinho Tiago não usam mais. O Tuti e a Simone nos deram um sacolão cheio de roupas “unissex” que não servem mais para a Bia.
Além disso, ele tem ganhado um monte de coisas novas de diversos amig@s e parentes, como sapatinhos e roupas - inclusive de algodão orgânico, presente de uns alunos da Helene da gestão ambiental; um mosquiteiro da vovó Conceição e outros que tais. A Martha deu uma colher em forma de avião “Olha o aviãozinho...”. Gostaríamos muito de agradecer a todos pelo carinho e consideração. Um grande abraço a todos!
Fomos para Piracicaba e o Komatsu deu de presente um tigre de pelúcia. Ele foi participar de um evento de artes marciais na China e a mascote do evento (Combat Games) é um tigre de nome Don Don, pois esse é o ano do tigre pelo calendário chinês. Será que teremos uma dupla Harold e Calvin? A Helene acha uma gracinha, mas só é engraçado nas histórias em quadrinhos, porque na vida real deve ser um terror!
Don Don

Calvin e Harold

Panhan, Helene e Fernando Akira.

domingo, 24 de outubro de 2010

Novo ultra-som

Panhan:
Fizemos um novo ultra-som. Dessa vez foi no HU. Interessante como essa parte de pré-natal funciona bem. A consulta foi na 3ª feira dia 19, quando foi pedido um novo ultra-som. A moça na recepção disse que precisaríamos entrar no site do hospital e fazer o agendamento pela internet. "Será que não dá para agendar agora?" "Não, só pelo site!" De lá fomos almoçar e a Helene foi trabalhar. No fim da tarde, ao chegar em casa acessamos o site e lá estava: "Ultra-som obstétrico - ligar para o telefone tal e qual das 8:00h às 17:00h" Já havia passado do horário e, afinal, se era para ligar por que não disseram logo?
Na 4ª feira ligamos e, para nossa surpresa, conseguimos marcar para o dia seguinte às 10:00h. Saímos pouco depois das 9:00h e o trânsito estava um inferno - tanto que um caminho que demora, quando muito 20 minutos, levou quase uma hora para ser percorrido. Deixei a Helene na porta do hospital e fui procurar lugar para estacionar. Felizmente achei logo e quando cheguei ela estava esperando ser chamada. Não demorou muito nos chamaram e entramos em uma salinha com 2 médicos, provavelmente um R alguma coisa e sua supervisora. Diferente dos exames feitos pelo convenio esse não tinha como gravar.

Helene:
Primeiro, achei pouco prático sair do HU anteontem (3ª-feira) com pedido de agendamento e não poder agendar o exame lá mesmo. Seguindo as orientações, acessei o site do HU e procurei “agendamento”, onde havia a informação: ligue para...de tal a tal horário (já tinha passado, fiquei de ligar na 4ª-feira).
A surpresa foi que liguei e consegui marcar para o dia seguinte! No convênio isso seria impossível, pois a fila é uma só. Sei das dificuldades de agendamento de consultas no HU para outras especialidades, mas do pré-natal, não tenho queixas.
Dois médicos me examinaram sem me deixar ver o monitor. O Zé ficou junto à porta e pôde ver o exame, mas os médicos conversaram entre si, fizeram anotações e registros. Em menos de 10 minutos, um deles virou o monitor para mim e mostrou uma imagem indecifrável...
Diferente da clínica vinculada ao convênio – na unidade em que fizemos o 1º morfológico, atendimento excelente, médica atenciosa, um telão para acompanharmos tudo e o DVD voltou até com etiqueta: “Nosso 1º filho – 12 semanas” (algo assim). No 2º morfológico o atendimento foi pior em tudo, especialmente pela médica, tela menor, DVD gravado.
Hoje foi um exame para os médicos mesmo...
Mas como não tenho vergonha de pedir nem perguntar, lá fui eu. “Pode gravar?” Não, nesse aparelho não é possível. “Quanto pesa o Bebê?” 2,2 kg. “Quanto mede?” 40cm. Também ouvi eles comentarem “líquido (amniótico) abundante” e pedi para confirmar: sim, a cabeça está para baixo.
Ótimo!

Algumas imagens foram fotografadas para ir para o prontuário junto com o laudo e o residente tirou uma foto da face do nosso filho que segue abaixo. Parece aquela ilusão de óptica em que se vê a face de Jesus J. A Helene demorou um bocado para descobrir, mas com um pouco de boa vontade é possível vê-lo.
 
Panhan
Fernando Akira

Jesus Cristo

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Como cuidar de um bebê!

Nessas horas é que a gente conhece os amigos, pois eles sempre estão dispostos a te ajudar. Outro dia estávamos falando sobre como dar banho em um bebê e, brincando, eu disse que o ideal seria enfiá-lo em um balde e limpá-lo como fazemos com um pano. Preocupados, me mandaram uma lista do que fazer e o que não fazer com um bebê. Segue abaixo!
PS: apesar da brincadeira, a moda hoje é dar banho na criança em um balde. Tem até balde específico para isso, que custa mais de 100 reais!
























sexta-feira, 15 de outubro de 2010

2º trimestre de gravidez

E a barriga? Ainda nada. Fiquei pensando quando poderia usufruir das filas e assentos preferenciais para gestantes.
A 1ª foto da barriga foi tirada em 21/julho (±4 meses e meio) – olhando de cima pra baixo, ainda via as pontas dos meus minúsculos pés, mas já me parecia uma boa barriga!... quando deitava, sumia...
Recebo um boletim que me informa em que semana da gestação eu estou e descreve o desenvolvimento do pequeno. No boletim da 17ª semana veio o alerta: você está sentindo “bolhas de gás” na barriga? Seu filho pode estar se mexendo. Os movimentos são delicados, mas logo os chutes se tornarão inconfundíveis para você. Puxa, somente com cerca de 100g e 12cm... asa de borboleta, peixe nadando, bolhas de água... deitada à noite, colocava as mãos sobre a barriga, pouco acima do púbis, e podia sentir! Associava aos sons que havia escutado na consulta de junho, que o médico descreveu como “o bebê se mexendo”.
No fim de julho, após uma caminhada com o Zé e o Erik tive um desmaio. Chegando em casa, bebi água, íamos sair novamente, parei perto da porta e não consegui dizer que não estava me sentindo bem. Zé viu, me segurou e me deitou. Coisas de princesa! (o Zé disse que foi uma hipotensão). Estávamos numa seca histórica, com recomendações sobre saúde diariamente veiculadas na mídia. Os umidificadores de ar se esgotaram nas lojas, mas D.Conceição conseguiu comprar um para nós, que usamos muito naquela época.
Em agosto, com o início do semestre letivo, a boa nova circulou entre os alunos – a reação deles foi muito carinhosa e me sentia mais radiante!
Ainda em agosto, comecei a usar as batinhas de grávida, que ganhei da Ana Paula. Ah, com elas pareço mais grávida! Naquele mês, o exame de 24 semanas foi aquele fiasco – ótimo rever o Bebê, mas já não cabia na tela e tive dificuldade de entender as imagens. A médica que detestei dizia “nem vou explicar porque vocês não vão entender”. Depois de umas sacudidas na minha barriga “acorda, preguiçoso!”, eu queria que ela desencostasse de mim. Cúmplice, o Bebê ficou imóvel e me esforcei para não dizer “ele está dormindo porque se cansou de esperá-la por uma hora!” Confesso que teria adorado vê-lo se mexer – eu já sentia movimentos mais fortes e ficava tentando visualizar como ele se mexia, se seriam os braços ou as pernas, se as costas estariam para lá ou para cá...ao mesmo tempo, me agradava pensar que é um Bebê tranqüilo e nem aquela médica conseguiu perturbá-lo!
Algumas pessoas mais sensíveis passaram a me dar lugar no metrô e no trem, mas ainda era comum as pessoas sentadas nos assentos preferenciais olharem para mim e caírem em sono profundo...
Durante setembro, já era possível perceber a barriga mudando de forma, conforme o Bebê se mexia. Antes disso, acho que o Zé não conseguia sentir o Bebê se movimentando...
Às vezes, a barriga fica bem torta, com um lado mais saliente e duro: seria a cabeça? O bumbum? As pernas encolhidas?
Passei a usar meias de compressão.
Helene

1º trimestre de gravidez

“Aguarde 5 minutos para fazer a leitura”. Em menos de 5 segundos apareceu uma tarja nítida – positivíssimo! Cheguei a pensar: será que são dois?...
Estar grávida é basicamente indescritível. Apesar das inseguranças sobre ser mãe, eu nunca tinha tido dúvidas de que curtiria gravidez, parto e amamentação. A fisiologia desses processos sempre me fascinou e sabia que não dava para dimensionar a parte emocional, tampouco descrevê-la. Eu me emocionei ao estudar embriogênese em ouriços do mar, que dirá sobre vivenciar o desenvolvimento do nosso filho!
Não tive altos e baixos de humor (a médica checou com o Zé: não mesmo?!), enjôo, desejos extravagantes ou grandes mudanças de apetite ou paladar. Continuei usando as mesmas roupas e no 2º mês estava com 1 kg a menos, certamente por causa dos cuidados com a alimentação.
Então, o que havia mudado?
Eu me sentia radiante, em estado de graça e forte! Sem barriga, com mais peito, me sentia bonita, feminina, fêmea. E tranqüila. Uma paz que não me é característica. Sempre agitada no trabalho, na correria, mas com essa paz surpreendente (minha hipótese é que eu ficaria ansiosa).
Como disse, as imagens do exame de 9 semanas me emocionaram demais! Dois corações batendo no meu corpo, um pequeno embrião se remexendo. “Fomos nós que fizemos, Zé, olha só!”, teria dito se ele estivesse lá comigo.
O exame de 12 semanas foi outra deliciosa surpresa: eu via e entendia as imagens – e quantos detalhes! Já tinha aparência de Bebê, calmo, parecia estar dormindo. Somente no final acordou e se espreguiçou. Visto de cima, e com orientação da médica, já dava pra entender os 80% de chance de ser menino (um volume no plano sagital entre as pernas)! Os cinco dedos da mão, o pé, braços, pernas, os hemisférios cerebrais em formação!...a placenta (nossa, que grande!). E o coração forte! Com o DVD desse exame em mãos, contei para as meninas da biblioteca (da FSP) e alguns amigos mais chegados.

Até então, a vontade de contar para os amigos era quase irresistível (ainda bem que tinha a Keilla), mas eu tinha essa crença de que não se conta antes de completar três meses... (vejam os posts sobre contar a boa nova). Um momento especialmente difícil de resistir foi a colação de grau dos meus alunos – fui homenageada e na cerimônia realizada na escola, o Rapel, então coordenador e também homenageado, me cedeu a palavra. Muita emoção e felicidade!
Coisas que passei a usar: protetor solar, creme de óleo de amêndoas e óleo de banho.
Coisas que deixei de fazer: treinar aikido (mas estava assídua na yoga), usar tonalizante para os cabelos (mal tinha começado!...).
Helene

A numerologia da mamãe

Como diz o ditado “Não creio em bruxas, mas que elas existem, é fato!” Assim, mesmo não acreditando em astrologia, numerologia e outros que tais, não custa nada se garantir. Será que a Helene é mesmo uma mãe 999 (o número da besta de cabeça pra baixo!!!), vejamos pois como se sai
Helene Mariko Ueno

O número do destino (identifica o propósito na vida): 9 – a generosa
Você procura transformar o mundo em um lugar melhor e vai tentar passar essa responsabilidade para seu filho assim que ele comece a entender o que você diz. Honesta e sensível, mostra às crianças a importância de fazer o bem e cuidar do lado espiritual.
As primeiras semanas de maternidade podem ser difíceis para você, que fica preocupada quando não consegue resolver uma situação. É mesmo angustiante não conseguir decifrar o choro do bebê. Mas tenha calma! Essa fase logo passa e, quando menos esperar, terá aprendido a se comunicar com o pequeno.
Quando ele crescer, terá uma ótima companheira: a mãe compreensiva, que jamais castiga a criança por ela dizer a verdade, não importa o que tenha acontecido.

O número da personalidade (descreve como ele se comporta e se expressa no mundo): 9
Você sente um enorme prazer em dar atenção aos seus filhos. Não mede esforços para brincar com eles, ajudá-los nos deveres de casa e responder os infinitos "por quês", que surgem à medida que crescem e descobrem o mundo.
Gosta de trabalhar em equipe e ensina aos pequenos que cada ser humano tem o seu valor. Com sua ajuda, eles aprendem não apenas por meio das histórias contadas ou dos livros mas também na prática: muitas são as viagens feitas para mostrar a eles a existência de outras realidades e culturas. Uma linda forma de educar para a tolerância e o respeito.
Se tem algo que não suporta na vida são as mentiras. E, quando descobre uma, as crianças não são poupadas. Você pode ficar muito brava. Evite julgar apenas com a emoção e procure, nessas horas, pensar um pouco com a razão. Mentir não é o ideal, mas às vezes foi um jeito desastrado de lidar com uma situação difícil. Aprenda com a lição: nem tudo é perfeito.

O número da alma (Revela os sentimentos, nem sempre percebidos pelas outras pessoas): 9
Seu filho vai logo aprender a olhar a vida de forma ampla e sem preconceitos. Graças ao seu modo responsável de estar no mundo, você conseguirá passar para ele a importância de ajudar o próximo e colaborar para que o mundo se transforme num lugar melhor. Transmitir esses valores, afinal, é a sua missão.
Para isso, não será difícil encontrar pessoas que a apoiem. Você é carismática e, por meio da sua imensa energia e do seu esforço, consegue atrair a atenção para o que acredita. Apesar de independente, gosta de se sentir necessária e faz questão de acompanhar de perto os passos do seu pequeno. Bondade sua.

Como diz minha esposa, ela é uma pessoa muito razoável, mas ai de quem pise no calo dela (isso sou eu quem diz!)
Panhan

A numerologia do papai

Na verdade, numerologia e horóscopo nunca foram algo que eu levasse muito a sério, muito menos que regesse minha vida. Apenas acho curioso como algumas descrições sobre perfil, caráter e comportamento coincidem...

Então, vejamos o perfil do papai Panhan, segundo a numerologia:

José Fernando Panhan Junior
O número do destino (identifica o propósito na vida): 6 – o protetor
Ser pai sempre foi um desejo de quem tem número de destino 6. É o tipo de homem que quando casa já imagina o lar cheio de crianças correndo. Como pai, é alguém alegre, sempre bem disposto a brincar e a cuidar do filho: levanta de madrugada para acudir uma crise de tosse, ajuda a dar banho, auxilia na lição da escola. É presente no dia a dia e não mede esforços para dar boas condições de vida à família. Tem valores tradicionais e faz questão de ensiná-los, como o respeito aos mais velhos e a responsabilidade. Se necessário, ele sabe impor sua autoridade.

O número da personalidade (descreve como ele se comporta e se expressa no mundo): 8
Disciplinado, esse é um pai que espera que os filhos sigam suas regras à risca. Pode se tornar, inclusive, muito intolerante às falhas e um tanto autoritário. É um exemplo de elegância: está sempre bem arrumado e com roupas impecáveis. Por consequência, as crianças estarão sempre na linha também. Ele passa aos filhos a imagem de alguém forte e equilibrado. Quem tem número de personalidade 8 costuma saber se fazer respeitar como pai: é carinhoso e amoroso, mas, quando diz não, é não. Como é firme, não existe manha que o faça retroceder em suas decisões.

O número da alma (Revela os sentimentos, nem sempre percebidos pelas outras pessoas): 7
Esse é um homem que considera a paternidade um papel de extrema responsabilidade, por isso pode ter, no início da relação, certo receio em ter filhos. Mas, quando mergulha na ideia, vai atrás de informação sobre os cuidados com o bebê e as várias linhas de educação. Aliás, ele é bem detalhista nisso. É capaz de se informar, por exemplo, sobre todas as possibilidades de parto. Como pai, está sempre atento às necessidades da criança, é muito observador. No entanto, pode passar a ela a imagem de alguém pouco presente. Porém, se um problema surge, esse pai se mostra próximo.

Lembro-me dele dizer que teria tido (no 1º casamento), mas não deu e quando começamos a namorar, compartilhávamos a impressão de que tinha passado a chance. Acho que ele tinha seus medos também, mas sua tranqüilidade diante da confirmação da gravidez me impressionou e me deu segurança.
No nosso dia-a-dia, ele tem mais flexibilidade e disponibilidade de tempo que eu. Então, para mim, a vontade dele ser pai era fundamental. Respeito e admiro quem tenha produção independente, mas não invejo nem acredito que seria capaz desse empreendimento. O Panhan é dedicado em tudo o que faz – certamente não será diferente com o filho. Vai atrás de informações – desde a gravidez, para buscar informações sobre dieta, parto, anestesias e tudo o que mencionei com um “será que...?”. Cuida de mim no dia-a-dia, preocupa-se com meu bem-estar e sei que posso contar com ele para cuidar de nosso filho – não terá problemas em dar banho, trocar fralda etc. Também é bastante observador – ele exercita isso no aikido e na medicina, bem como no nosso relacionamento. E decidido! Em algumas situações isso me pareceu mais defeito que virtude! Sabe ser firme e assertivo (como diz Cesar Millan) – assim, acredito que saberá ser diretivo sem ser autoritário com nosso filho.
Helene

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A numerologia do Bebê

Ainda falando sobre o nome, uma das coisas que fizemos foi pesquisar a numerologia dos nomes pretendidos e a que mais gostamos foi a de Fernando Akira Ueno Panhan:

O número do destino (Identifica o propósito na vida) = 1
O Líder. Essa criança veio com a missão de comandar e deve ser encorajada a tomar decisões desde cedo. Gosta de ser o centro das atenções e procura ser a melhor em tudo o que faz. Seu pequeno chefe tem um olhar vivo e atento, sempre em busca de algo novo e tem um desenvolvimento mais rápido em relação aos outros bebês. Quando você menos espera ele já está engatinhando. Independente; vai querer pegar logo a colher da sua mão e comer sozinho. Pelo mesmo motivo, como ele aprende muito pela experiência, cuide para que as tomadas estejam devidamente protegidas.

O número da personalidade (Descreve como ele se comporta e se expressa no mundo) = 7
A missão desse bebê é tentar desvendar os mistérios do mundo. Ele sempre estará em busca de pessoas e coisas que possam trazer informações novas e estimular as suas habilidades mentais. A educação acadêmica, técnica e espiritual será essencial para o desenvolvimento dessa criança. Como tem a cabeça a mil por hora, precisa de tempo para descansar. Desde pequena, buscará a verdade. Não se assuste se ela fizer perguntas com respostas já conhecidas. É provável que esteja testando você. Dificilmente, o bebê com número de personalidade 7 se engana com as pessoas. Ele sabe em quem confiar. Gostará de fazer análises e investigações e ficará feliz da vida quando alcançar uma nova descoberta.
Aparentemente a escolha do kanji relacionado a discernimento é bem apropriado para nosso filho, só espero que ele saiba fazer as escolhas corretas!

O número da alma (Revela os sentimentos, nem sempre percebidos pelas outras pessoas) = 3
Parabéns, seu bebê ainda pequenino já tem a vibração de uma nobre energia: a do amigo verdadeiro. Com o tempo, você verá que ele faz o que estiver a seu alcance para ajudar. Não gosta de ver ninguém triste, sem esperança, e usará de todo o seu otimismo para mudar a situação. De fato, como é muito criativo e tem facilidade de se colocar no lugar do outro, será dessas crianças que ajudam o coleguinha na escola e fica radiante quando ele tira uma boa nota. Mas acredite que também há muita timidez e insegurança em seu comportamento. Se sente que não atendeu às próprias expectativas e a dos outros, pode se chatear. Não se preocupe demais, pois o mocinho é batalhador e vai buscar se superar.
Afinal Fernando significa aquele que segue em frente com coragem J
Panhan

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Escolhendo o kanji para Akira

Após escolher o nome, faltava ver o kanji referente a Akira que nós mais gostamos. Todos têm a ver, em sua essência, com luz, sendo o mais comum a representação do sol e da lua juntos. Interessante que podemos dizer que existe uma relação entre Akira e Lucas, que também significa luz. Nesse fim de semana prolongado fomos visitar um casal de amigos, o Joca e a Cris e ficamos conversando sobre filhos e desfiamos a saga que foi achar um nome adequado para nosso filho e que finalmente tínhamos decidido que o nome japonês seria Akira. Como o Joca estuda budismo ele falou que um dos significados de Akira estava ligado a discernimento, clareza de mente/coração. No dia seguinte fomos visitar minha sogra e ela havia imprimido os diferentes kanjis dos nomes que havíamos gostado mais. Só de Akira tinham 8 kanjis, a maior parte relacionado a luz, raio de sol e radiante. Uma curiosidade interessante é que um dos kanjis (que ela nem mostrou para a gente) era tatuado para destacar, originalmente, escravos ou prisioneiros. Com o tempo foi mudando o sentido negativo por um sentido positivo, de uma pessoa de destaque. De qualquer forma descartamos esse kanji. Com isso nós ficamos entre três opções.
O mais legal como desenho é o que está relacionado a orientar, ensinar (no sentido da luz que ilumina o conhecimento). O desenho me lembra uma mascara com boca, olhos, nariz e cabelos. Brincamos que ele seria um filho da mãe, que é professora universitária e do pai, que dá aulas de aikido.
O outro, muito usado por príncipes, nobres e imperadores tem a ver com beleza, conteúdo e forma corretos (conteúdo de uma pessoa do ponto de vista intelectual e moral, e forma física, daí a beleza). Achamos bonito, mas gostamos mais do próximo.
E por fim um que representa a clareza de pensamentos, a capacidade de discernimento entre o que é certo e o que é errado, a pessoa que não se deixa dominar pelo obscurantismo que foi a nossa escolha, ou seja esperamos que ele seja capaz não só de prosperar (pois Akira também pode significar abundância e prosperidade), mas principalmente ser capaz de fazer as escolhas adequadas com clareza e discernimento, não se deixando arrastar pelo obscurantismo de todas as formas existentes.
Panhan
Os três kanjis favoritos
A máscara


Escolhendo um nome

Felizmente pensamos parecido e não houve choque para escolhermos um nome para nosso filho, o que não quer dizer que tenha sido algo simples, muito pelo contrário. Afinal de contas um nome é algo para ser carregado para o resto da vida, portanto alguns requisitos: nada esdrúxulo (alíás, esdrúxulo já é um nome esdrúxulo, não é mesmo?!), ou seja, nada de misturar nome de mãe e pai como Zeleno, ou Helenando. Nada que ele precisasse soletrar como Carlos com K (Karlos... urgh!). Nada estrangeiro como Michael, ou pior, a versão brasileira Maicou. Nada que terminasse com SON, como Anderson ou Jefferson, afinal ele não será o filho do Ander, nem do Jeffe, e convenhamos que nem Josefson, nem Fernandson são boas combinações. Nomes bíblicos muito estranhos como Esdras, Malaquias. Melquizedequi e que tais também foram descartados. Tinha que ser um nome que os pais da Helene não tivessem muita dificuldade em pronunciar, portanto não podia ser Flávio (ia ficar Furábio), ou Claudio (Kuráudio???). Nada que tivesse um significado “infeliz”: Claudio é manco, Paulo é pequeno, Renato é renascido, Flávio é loiro (quais as chances?) e assim por diante. Nada que pudesse virar apelido, pois criança é bicho maldoso e com isso descartamos Pedro (peido), Denis (pênis), Tomás (turbando)... Seria legal que tivesse uma referência em termos de pessoas conhecidas que fosse legal. Pensamos em alguns nomes de reis ou personagens importantes da história, como Artur (da Távola redonda), Alexandre (o Grande, da Macedônia), Ricardo (coração de Leão), Ulisses, Davi, Ivan (czar russo), César, Augusto... Além desses outros que achávamos interessantes eram Fernando, Guilherme, Lucas, Tiago... e assim, com alguns nomes em mente, fomos ao site bebe.com.br buscar o significado desses nomes.
Essa é a lista de nomes que gostávamos
 Artur = Urso grande - significado meio bobo, além do que tem que dizer se é com TH ou sem.
Fernando = aquele que segue em frente com coragem - legal, além de ser meu nome e de meu pai, tínhamos boas referências pessoais de amigos com esse nome.
Ricardo = príncipe de coração valente – gostamos, não seria difícil guardar.
Ulisses = aquele que faz o próprio destino – apesar de não ser um nome de criança, um dia ele haveria de crescer, era um nome forte com um significado legal, mas a Helene conhece um Ulisses que não é exatamente uma boa referência.
Ivan (mesma coisa que João) = Deus é misericordioso – nome curto, legal, pouco usado, mas soa um pouco bárbaro. Assim como Átila.
Tiago = calcanhar de Deus – não gostamos do significado, apesar de gostarmos do nome.
Lucas = luz – significado legal, mas um pouco batido.
Augusto = o maior, o máximo – só nos faltava um menino metido.
Davi = amado, favorito – com certeza ele é, mas as referências tanto bíblicas como familiares não são muito boas.
 Alexandre = defensor da humanidade – legal, gostamos.
 Guilherme = protetor – legal também, mas os pais da Helene poderiam ter um pouco de dificuldade em pronunciar.
Gabriel = mensageiro de Deus – legal com significado interessante, apesar da dificuldade de pronúncia pelos avôs maternos.
Não bastasse isso ainda tinha a escolha de um nome japonês, que deixamos por conta dos avôs, pais da Helene. Eles sugeriram Akira, Makoto, Sussumo, Takashi e Hiroshi. Primeiro deveríamos escolher o nome e depois veríamos os kanjis que pudessem corresponder ao nome e significado.
Com tudo isso em mãos fizemos uma varredura combinando nomes ocidentais com os japoneses para ver como soavam e com isso sobraram Fernando Akira, Fernando Makoto, Fernando Takashi, Ulisses Makoto, Ricardo Akira e Alexandre Takashi.
Como a Helene tem uma amiga que acredita muito em numerologia, apesar de não ser a nossa praia fomos ao bebe.com.br para ver a numerologia dos nomes acima mais o sobrenome Ueno Panhan e com isso demos cartão vermelho para o Ulisses Makoto e amarelo para Fernando Makoto, Fernando Takashi e Ricardo Akira. Os nomes Fernando Akira e Alexandre Takashi receberam sinal verde, sendo que coincidentemente os dois têm a mesma numerologia.
Assim nosso primeiro filho se chamará Fernando Akira Ueno Panhan.
Ainda falta escolher o kanji para Akira e esse é o assunto para nosso próximo post.
Panhan

Como contar a boa nova (sem barriga)

O relato do Zé me fez reviver a alegria sinceramente compartilhada daqueles bons momentos entre familiares e amigos. Entre tantos abraços apertados, meus olhos sempre lacrimejavam.
Quero apenas registrar minhas lembranças, impressões e sensações sobre contar a boa nova.
A 1ª lembrança: no dia 21/abril, na festa da Marina, antes mesmo de confirmar a gravidez, mas já bem desconfiada, lembro-me de minha mãe dizer: “você está bem? Está com a cara diferente...”. Coisas de mãe, que espero descobrir com minha própria experiência!...
Outra oportunidade de contar a boa nova foi no dia das mães.  A minha sempre se preocupou em nos tratar de forma igual e no dia das mães, ela, minha irmã e cunhada haviam trocado presentes. Para não me deixar de fora, minha mãe me surpreendeu com um presente de dia das mães, dado em nome do Spyke - o Border Collie do meu irmão Pipo. Ele está estudando na Alemanha, mas o Spyke fica com meus pais e sempre que eles viajam, ele fica conosco. Ele e o Erik, nosso golden, se dão como irmãos – brincam e brigam, nos rendem bons passeios e diversão.
Eu adorei e pensando comigo “meu 1º dia das mães!”, fiquei emocionada, com vontade de contar que já estava mamãe! Mas não havia combinado nada com o Zé, nos despedimos e fomos embora. Depois, ele mesmo disse que poderíamos ter contado, pois já havia feito o 1º ultra-som e tudo corria bem. Mas enfim, passou a oportunidade...

O primeiro trimestre me preocupava muito e a própria médica que fez o 1º ultra-som disse: “está tudo bem, mas se quiser esperar até o 3º mês...“. Eu sentia que tudo ia bem, me sentia bem, tudo me parecia tão diferente e ao mesmo tempo, sabia que estava tudo igual – as pessoas que conviviam comigo sequer desconfiavam.
Eu tinha que dividir isso com alguém, além do Zé. Não tive dúvidas: a Keilla. Somos amigas-irmãs desde que voltei de Botucatu para São Paulo e sempre conversamos sem censura, sobre tudo. Mesmo para ela, eu demorei um pouco; no início de abril – minha menstruação já estava atrasada e eu me perguntava “Será?...”. E quando tentava deixar esse pensamento de lado, via uma grávida pela rua (de repente elas pareciam brotar de todos os lugares!). Mas deixei passar e aguardei a confirmação. Para ela deve ter sido difícil guardar segredo porque temos muitos amigos em comum, mas foi importante para mim poder compartilhar com ela os medos, confusões iniciais e depois, as sensações boas que não queria deixar transbordar ou transparecer; me aliviou o peso de guardar segredo também.
O mais difícil deve ter sido não dividir com as outras amigas – Rose, Jack, Zoraida e Wal. Atualmente, todas moram distantes, exceto a Wal, mas temos um bate papo quase diário via email. Ainda assim, fui resistente e preferi só contar após o 3º mês. Para a Wal, conseguimos contar pessoalmente, quando fomos conhecer o novo apartamento dela e do Beto. A Keilla estava lá, claro! Foi a última vez que fiz um brinde com vinho – só um gole, simbolicamente para brindar o encontro (e antes de dizer que estava grávida).
Outras pessoas para quem abri exceção antes do 3º mês foram a Angela, o Rapel e o André –queridos amigos, mas também parceiros de trabalho, em função do que, acabei contando para justificar porque não queria compromissos para o 1º semestre de 2011.

Passado o 3º mês, foi estranho me libertar do “segredo”. A vontade de contar permanecia, porque eu me sentia verdadeiramente em estado de graça, transbordando de alegria e irradiando uma boa energia! Mas imagine encontrar com alguém do dia-a-dia:
- Oi, Helene, tudo bem?
- Tudo, eu estou grávida, e você?
De repente isso me pareceu estranho. Sem barriga ou qualquer sinal de gravidez que levantasse suspeita, antes ou após uma reunião, ou num encontro de corredor, como introduzir esse assunto?! Aos poucos, fui contando para os mais chegados, esclarecendo que não era segredo. 
Contar para meus pais teve um pouco desse “como inserir o assunto”? Foi uma visita qualquer, ou dia de levar ração para o Spyke, algo assim. Conversamos sobre várias coisas, tomando chá e comendo algum petisco. Quase na hora de se despedir e já nos levantando do sofá: então, só mais uma – estamos grávidos!  Eles se levantaram e deram um grito de alegria e vieram nos abraçar. Não me lembro de ter proporcionado a eles tamanha alegria em toda a minha vida! Foi muito marcante para mim e ainda me emociono ao relembrar do retrato daquela cena, registrado na minha memória.
Para D.Conceição, idem. Tínhamos combinado que contaríamos naquela 3ª-feira e quando chegamos lá, ela estava transtornada com o forno que tinha estourado, lamentando sobre os cacos de vidro no almoço, limpando o chão. Começamos a ajudar e no meio daquilo, o Zé disse “nem tudo está perdido. A senhora vai ter um neto”. Ela ouviu, mas pediu confirmação “O quê?!”. E mais um abraço para dividir tamanha felicidade! O fogão novo já é à prova de criança (cantos arredondados, forno e botões do fogão com trava)!
Por e-mail acabou sendo mais fácil e aproveitei para retomar contato com amigos com quem infelizmente não divido mais o dia-a-dia.
Agora, com o barrigão que não deixa dúvidas, volta a ser estranho. Alguns colegas, conhecidos me encontram e se surpreendem:
- Nossa, você está grávida?
- Ahã...(como bem se vê)
Helene

Ser mãe!

Sempre achei que seria mãe – de três, e das boas! Era uma convicção muito sincera que, com o tempo, passei a encarar como fantasia. Virou sonho com o namorado na faculdade, cultivado com cuidado (contraceptivo, inclusive), à espera do momento certo. Depois de sete anos, acordei sozinha...
Quatro anos e dois namoros depois, comecei a namorar o Zé, com quem finalmente superei meu chamado “namoro de referência”. Eu precisava me sentir mais envolvida e mais amada do que os namoros anteriores para acreditar que o relacionamento valesse a pena. Não vou me alongar com nossa história – que é linda e merece ser registrada, mas aqui, quero falar sobre ser mãe.
Eu tinha me perdido dessa idéia por um tempo. Meus planos se voltaram para o lado profissional, perseguindo estabilidade e autonomia financeira – pré-requisitos para pensar em construir família. Durante os anos de bolsista profissional, a instabilidade e baixo valor da bolsa foram justificativas razoáveis para adiar a maternidade. Dificuldades de voltar a viver com meus pais, após seis anos de vida em república, me motivavam a sair, mas não havia a menor condição de montar um “apertamento” para mim. Além disso, eu sabia que se saísse para morar sozinha, teria muito mais dificuldade de dividir minha vida com alguém. Sou territorialista e estava bem cética quanto à perspectiva de um novo relacionamento.
Meu namoro com o Zé começou quando fui contemplada com a bolsa de doutorado. Um ano depois, o convívio com minha mãe se tornou difícil e comecei a procurar quarto para alugar. Foi quando o Zé propôs que procurássemos um lugar para morarmos juntos. E assim fomos.
A vida de casal tem sido tão boa e feliz, acabei o doutorado e, no ano seguinte, abriu processo seletivo para professor na EACH. Prestei, passei e, em 2007 comecei oficialmente a vida profissional. E pude testemunhar: isso levou a um baby boom na escola! A produtividade de bebês era altíssima, vários colegas tendo o tão sonhado filho.
Nisso, várias amigas anunciavam seus rebentos ou algumas já os tinham bem grandinhos. Outras, convictas e tentando. E eu?...sinceramente, não sentia soar alarme de relógio biológico, nem necessidade de ser mãe.
Conversar com o Zé só piorava: ele não queria ser pai. Achava que tinha passado da época, dizia que gostava da nossa vida como estava. Era verdade – eu também pensava que teria tido antes; também gostava de nossa vida como estava. A idéia de ser mãe passou a me assustar: todo dia, o dia todo, a vida toda? Revisava o quanto foi sacrificante para minha mãe, constatava a impossibilidade de eu ser mãe nos moldes que ela foi (integralmente dedicada aos filhos), testemunhava casamentos que se acabavam com filhos ainda pequenos...
A idéia de mudanças na estrutura da nossa vida também me assustava. Seria possível ser melhor do que era?
A única certeza que os aventurados nos davam era: filhos mudam a vida. Ninguém dizia: filhos melhoram a vida. Alguns tentavam explicar (fico imaginando que cara eu fazia para receber explicações sem solicitá-las): dá muito trabalho, mas traz recompensas.
Outras dúvidas surgiram: não tenho vontade agora, mas e se depois eu quiser e não puder mais? O que leva as pessoas a terem filhos? – para essa pergunta, ouvi respostas nada convincentes: para não ficar só ou ter quem cuide de você na velhice; porque casais têm filhos; porque chega uma hora que falta algo na vida do casal; para fazer companhia...
Sempre fui intensa em meus sentimentos e sensações, mas logo em seguida, eu os processo num filtro racional: meço e peso, pondero, situo e projeto na minha vida (não se trata de necessidade, mas um mecanismo automático para mim). Estava difícil resgatar aquela convicção espontânea e original de que seria mãe (e das boas!). O filtro de anos precisava ser limpo.
Passei a me policiar: será que nego alguma vontade por saber que o Zé não quer? Essa conversa eu tive abertamente com ele e combinamos que se eu tivesse vontade, conversaríamos novamente sobre isso.
Passei a notar: ele brinca com crianças de um jeito... certamente seria um bom pai.
Decidi e comuniquei: vou parar de tomar pílula. Preciso sentir meus hormônios.
Foi o nível máximo de decisão em direção a uma gravidez. Na comemoração do aniversário do Zé, recapitulo a cena, embora não me lembre exatamente o dia, e lembro de ter me perguntado se deveríamos ter usado camisinha. Como havia menstruado na semana anterior, estimei que o período fértil estava por vir e pensei despreocupadamente, “se engravidar, terá sido com muito amor e prazer”.
Início de abril, TPM – peito dolorido, intestino preguiçoso. Começou a descer (“ah, não foi desta vez”, com um sentimento que não era alívio nem frustração). E depois, parou! E agora, Zé? “Agora, vamos fazer o teste e confirmar” – com uma tranqüilidade que me deixou insegura. Confirmamos e ele continuou tranqüilo. Eu fiquei sem chão e sem luz por 24h – não conseguia processar qualquer sentimento ou sensação. Depois, fato consumado, calendário consultado, Zé ao meu lado, me rendi às sensações e sentimentos: estou mãe; o que pensava sobre ser mãe era fantasia. Estar mãe tornou as preocupações das 24 horas iniciais pequenas e inofensivas – trabalho, problemas, planos de comprar casa, projetos de pesquisa – tudo ficou em outro plano. Fui inundada por uma paz indescritível que tem me mantido muito tranqüila à espera de continuar com o capítulo “ser mãe” – com o Fernando Akira nos braços.
Helene

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Mais pré-natal (calendário de consultas)

29/abril
Fui sozinha, pois me sentia bem, achei que o médico solicitaria uma série de exames e me daria orientações gerais. Rabiscou contas num papel, contou as semanas no calendário e estimou: mais ou menos 6 semanas.
Perguntou se eu estava tomando algum suplemento alimentar – levei a receita daquele que vinha tomando. “Ok, tudo isso faz bem, pode continuar tomando. Vamos fazer um ultra-som para saber se está indo tudo bem, além dos sorológicos para várias doenças. Ah, e esqueça: feijoada, pizza, churrasco, massas, sal (shoyu tem sal!) e doces”. Saí de lá me perguntando o que restaria no meu prato além de folhas, legumes e frutas...
Descobri que o Hospital Santa Cruz não tem maternidade... faria o pré-natal no ambulatório de gineco, mas o parto seria numa das maternidades conveniadas. As opções não eram muitas.

10/maio: 1º ultra-som.
Pena que fui só! Na verdade, fui com a expectativa de ver uma ervilha ou um feijão, nada que um leigo pudesse interpretar com clareza.
Idade estimada: 9 semanas e 3 dias. Uai? Achei que estava com 7 ou 8 semanas...
Fiquei surpresa ao ver um embrião se mexendo o tempo todo, flutuando numa escuridão, com
o coração pulsando! Chorei quando escutei o batimento - forte, ritmado e rápido. Eu já estava curtindo bastante a gravidez, mas aquele exame me envolveu completamente! Tenho certeza de que se estivesse ainda confusa ou com medo, tudo teria se dissipado ali, diante daquela imagem. Lamentei muito que o Papai Panhan não estivesse ali para compartilhar aquele momento tão especial. Os registros desse exame? Fotos sem vida... e minha memória (que é boa, quem me conhece sabe!)
PA 12x8, AU 6,3cm, peso 51,9kg.

20/maio
Levei o ultra-som ao médico. “Tudo bem?” (como se estivesse me vendo pela 1ª vez). Tive que relembrá-lo que havia estado ali no mês anterior e estava lá para mostrar vários exames por ele solicitados. Tudo ok! “Qual a sua idade?”. Respondi: 36. “Ah, você é mãe idosa. Mãe idosa tem que fazer cesárea”. A resposta foi imediata: “Ah, você é médico insensível, está me condenando a uma cesárea? Dá para me avaliar clinicamente – eu Helene, individualmente?”. Tudo em tom de brincadeira (nada divertida), ele explicou que o colo uterino endurece com a idade e impede dilatação no parto, mas que se eu quisesse tentar parto normal...”podemos tentar até 10 horas de trabalho de parto. Depois o bebê entra em sofrimento.”
Prescreveu um suplemento, sem qualquer registro de que eu havia dito que tomava um...”até o mês que vem.” Repetiu as orientações sobre alimentação e solicitou o 1º ultra-som morfológico, estimado para quando o Bebê estivesse com 12 semanas.
PA 12x8, AU 10cm, peso 51kg

01/junho: 1º ultra-som morfológico
Idade estimada: 12 semanas e 4 dias. (continuo achando que tenho 1 semana a menos...)
Esse exame foi mágico! Quantos detalhes, septo nasal, órbitas dos olhos, 5 dedos na mão, estômago (vazio), bexiga (cheia), pernas, braços... e o coração. Ah, o coração, como é bom ouvi-lo!
Uma médica paciente e atenciosa, explicou tudo o que fez – cada medida de tirava, além de responder nossas dúvidas sobre a imagem e sobre a gravidez.
80% de chance de ser menino, confirmando o que era para mim menos que um palpite. Simplesmente desde o começo eu me referia ao Bebê, para o Erik (nosso golden de 7 anos) “o irmão”, para minhas sobrinhas “o priminho”...

24/junho
Nessa consulta, sem grandes novidades: não dava para auscultar o coração do Bebê; apenas uns barulhos diferentes: “esse é o Bebê se mexendo. Se está mexendo, está vivo. Muito bom”. Nenhum exame a ser apresentado ou solicitado. Fiquei curiosa: “o útero não aumentou? Deu a mesma medida que no mês anterior...” O médico disse: a partir do mês que vem vai aumentar, porque vai sair da cavidade pélvica.
Mesmas recomendações sobre alimentação e “qual a sua idade mesmo?”. Já meio aborrecida, com vontade de realçar no prontuário com meu marca-texto, respondi: 36. “Ah, tem que ser cesárea, já te falei né?” Ao que respondi: “Sim, e eu (em negrito, porque elevei o volume da voz nessa hora) te falei que quero tentar parto normal, se for possível me avaliar clinicamente, ao invés de me enquadrar num dado estatístico”.  PA 12x8, AU 10cm, peso 52,5kg

Não sei se por causa dos hormônios, mas saí daquela consulta arrasada, aborrecida, segurando um choro que nem sabia dizer se era de raiva, de medo ou qualquer outro sentimento ruim.
De volta pra casa, conversei com o Zé. Comecei a ficar paranóica (não sei se ele usaria esse termo) com a idéia de que o médico me encaminharia com uma guia “Interne. Cesárea”, sem me avaliar.
Como já estava agendada a próxima consulta e eu sabia que nela o médico solicitaria outro ultra-som, decidi que aproveitaria essa “grande vantagem” do convênio, mas já estava sem confiança no médico e fazendo enquete entre amigas-mães e colegas sobre o HU.

29/julho
Fui para essa consulta para pegar a guia do próximo ultra-som e me despedir do médico. A novidade dessa consulta foi poder escutar o batimento do coração, por um aparelho. Fiquei surpresa com o aumento da altura uterina e o médico, com o pequeno aumento de peso (na verdade, até elogiou: bom assim). Eu estava com um começo de gripe e aproveitei para perguntar o que poderia tomar se eu piorasse, já preocupada com o início do semestre letivo, na semana seguinte. Tylenol pra tudo – dor, febre ou gripe. Pastilhas para garganta, ok. Mesmas recomendações sobre alimentação e alerta sobre a necessidade de fazer cesárea. Não respondi nem questionei. Apenas peguei a guia e me despedi como quem fosse voltar no mês seguinte.
PA 10x6, AU 18 cm, peso: 53kg

18/ago: 2º ultra-som morfológico
Idade gestacional: 23 semanas e 5 dias
Foi o meu último dia com 36 anos. O que ganhamos em tempo marcando o exame numa unidade mais próxima de casa, perdemos com a espera – uma hora de atraso. O Zé foi sutil e delicado ao dizer que a médica foi “seca”. Eu achei que ela foi uma cretina mesmo!
...mas ver que estava tudo bem com o Bebê-menino (confirmado) – era o que me importava, após três semanas de gripe forte.

24/ago – 1ª consulta no HU
Como sou uma perdida, Zé foi comigo. A médica foi ótima, nos perguntou sobre nosso relacionamento e se a gravidez havia sido planejada, pediu para ver todos os exames, pediu outros. O aparelho para escutar o batimento cardíaco do Bebê me pareceu pior – som mais baixo, com mais ruído. De qualquer forma, sempre é bom escutar o coração do Bebê batendo. Pela 1ª vez no pré-natal, ela fez exame de toque e disse “bom colo de útero para parto normal”. Já fiquei satisfeita.
PA 10x8, AU 25cm, peso 53,650kg

21/set
A consulta foi bem mais rápida, mas tranqüila ao ver os resultados dos exames solicitados.
PA 11x7, AU 29cm, peso 55,400kg.

19/out
Fomos atendidos por outra médica, residente, talvez. O Fernando já está com a cabeça para baixo, o tronco do meu lado esquerdo e as pernas para o lado direito – explicou a médica após palpar a barriga. Escutamos o coração – adoro esse momento!
Pedimos várias orientações sobre sinais importantes e alterações normais/esperadas nessa fase.
Daqui em diante as consultas serão quinzenais.
Saí com um pedido de ultra-som e tomei a 2ª dose da antitetânica – me fez lembrar que na 1ª dose a enfermeira disse: Olha vai doer um pouco. Mas amanhã, vai doer muito mais!” Meu braço ficou dolorido por exatamente uma semana...
PA 10x6; AU 31cm, peso 58kg!
Helene