sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal!

Nosso filho ainda não entende essa história de Natal. Assim como o aniversário dele esse parece ser um dia como outro qualquer, eventualmente um pouco mais agitado que o normal. A única vantagem é que ele não fica pedindo o presente X, Y ou Z. Compramos uma piscininha inflável para dar de presente. Já tinhamos essa idéia e outro dia fomos ao apartamento do Tuti (irmão da Helene) e ele estava lá com a filha Beatriz na piscina do prédio e ela tinha uma piscininha inflável onde nosso filho ficou brincando enquanto conversavamos.
Esse Natal passaremos eu, Helene, nosso filho, o Fuji e a mãe dele. Encomendamos a ceia no Extra aqui perto para não ter que ficar pilotando o fogão e não precisar terapia (TER A PIA cheia de louça para lavar)!
Compramos um gorrinho de papai Noel e fizemos alguns "cartões" de Natal que enviamos para alguns amigos por e-mail.
Abaixo os cartões. Não foi fácil mantê-lo longe das bolinhas de natal da nossa mini árvore, nem mantê-lo atento às fotos.
Desejamos a todos os amigos que têm acompanhado nossa história um feliz Natal e um ano de 2012 repleto de alegrias e sonhos realizados!

Panhan
 
O que é isso? Posso pegar?

Hmmm, é de comer?
Ffffffff! (assoprando o lacinho!)

Que saudade, Dona Conceição!


Ainda não dá para acreditar que a senhora não está conosco há um ano! Na verdade, eu gosto de pensar que está, sim, mas sem as dores que já abalavam seu ânimo e humor. Como uma expectadora de nossas vidas, que nos acompanha, zela por nós, sem o peso de qualquer responsabilidade, e confiante de que tudo vai ficar bem. Pode ser egoísmo meu, mas gosto de imaginar que sua paz a tenha desligado dos problemas, mas não de nós.
Assim, diariamente, escuto sua voz comentando a previsão do tempo, o resultado do futebol, o escândalo político, as tragédias na cidade, no país e no mundo, as celebridades que se foram...várias vezes me peguei pensando: que bom que a senhora não está aqui para ver/ouvir isso , incluindo a internação do Zé por causa da meningite.
Escuto sua risada feliz diante de cada novidade do Fernando, o clique de sua máquina fotográfica tentando registrar esses momentos deliciosos de nossas vidas. E depois, recontando para o Bira e para a Bianca, ao telefone.
Escuto suas histórias nos encontros de família na casa dos meus pais, ou à mesa na casa da Cema.
Me peguei pensando que este seria o 1º natal sem sua companhia... puxa, já e o 2º... dizem que o luto dura 1 ano, para que se vivencie o aniversário, dia disso, dia daquilo sem o ente querido. Pode ser, mas procuramos celebrar a vida e, em cada comemoração, me envolvo com essa saudade, que é para toda a vida. Não é uma saudade triste nem dolorosa.
É só saudade mesmo. 

Helene

12º mês

O papai registrou a comemoração do 1º ano.
Registro aqui, com algum atraso, algumas recordações do 12º mês.
Os dentes caninos inferiores também despontaram.
Ele presta mais atenção em tudo e imita gestos – faz tchau, abre e fecha os dedos para chamar o Erik, manda beijo, faz alguns movimentos do aquecimento de aikido, junta e separa os cubos de encaixar, as formas no gabarito (o cilindro no buraco circular, o cubo no quadrado) – ainda precisa de ajuda, mas aplaude quando consegue. Ele entendeu que faz parte da brincadeira, mas na verdade é a mamãe coruja comemorando...
Nas refeições, dá mais colheradas sozinho e não esmaga as frutas ao pegá-las. O difícil tem sido mantê-lo sentado. Tenho usado outro cadeirão – um que encaixa na mesa – ou usamos uma faixa para amarrá-lo no cadeirão, porque ele aprendeu a escapar do cinto. Um segundo e ele está de pé no assento do cadeirão, com os braços erguidos!
Nos passeios, ele já se soltava do carrinho, mas agora, além de ficar em pé, ele escala o encosto. Ainda não capotou, mas já caiu no vão entre o encosto e a alça de empurrar...
Ele agora entende o significado de “não”. Exemplo: subir na mesinha para lamber a TV.
- Filho, não (firme). Ele pára, olha, sorri e retoma sua “atividade”.
- Filho, nããão (mais firme). Ele balança a cabeça, sem olhar.
- Filho, nããããão pode (maaais firme). Ele agacha e choooooora sentido.

Como ele aprendeu a subir no sofá, mesmo sem o apoio do Erik, nossa vigilância tem que ser constante! Em todo caso, ensinamos ele a descer, virando de barriga para baixo e escorregando até os pés alcançarem o chão. E não é que ele aprendeu?!

Ele também entende “por favor”. Quando ele pega as coisas, ao invés de tomar dele, tentamos o educado “dá pro papai/pra mamãe, por favor”. Ele estende e entrega. Ainda é mais brincadeira do que ensinamento, mas já estamos incorporando à rotina. Se minha interpretação está correta, o olhar diz “que brincadeira sem graça...”
Tenho tentado ensiná-lo a dividir. Quando ele come fruta, peço: dá um pedaço pra mamãe, por favor? Ele estende, mas quando chega bem pertinho, puxa de volta e enfia tudo na boca! E ri com cara de travessura... mas às vezes ele dá, inclusive para o Erik, que já entendeu e fica ali do lado o tempo todo.
Achei que estava ficando muito chato e pouco eficaz negar tudo: não pode abrir gaveta nem armário, nem isso nem aquilo... então, tento fazer disso uma brincadeira, mas logo apresentar outra mais divertida. Assim, quando ele abre o armário, eu digo “abriu, fechou”. Ele fecha e faz bico para soltar um sonoro “ôôô”.
Assim, Ôôô tem vários significados: se ele leva a mão à orelha, quer dizer “alô”. Se ele está junto do armário ou diante de uma gaveta aberta, quer dizer “fechô”, se ele está atrás da cortina do vestiário ou dentro da barraca de bolinhas, escondido, quer dizer “achô”, depois de passar pela porta, voltando do passeio, quer dizer “fechô”. Ele já entende que esse “fechô” também serve para o livro, para a tampa do copo, para a toca do coelho.

O aspirador de pó virou o andador predileto – estável e na altura ideal. Ajuda na fuga quando a brincadeira é “vou pegar esse menino lindo!”.
Ele agora dá uns dez passos, meio apressados e ainda desengonçados, mas sem se apoiar em nada. Todo dia ele dá alguns passos, mas ainda não incorporou o caminhar como principal forma de locomoção. Quando ele engatinhou, percorreu o tapete. No outro dia, já atravessava a sala. E dali em diante, não parou mais!
Caminhar parece ser mais difícil.

Bom, como o Zé registrou, apesar dos ensaios, na hora de cantar parabéns, ele ficou imóvel...
No dia seguinte, ele não só bateu palmas, como encheu as bochechas e, com um bico, deu um assopro! Agora, em pleno passeio, ele começa a bater palmas como quem pede: canta pra mim. E para não deixar dúvidas sobre que música quer ouvir, ele assopra várias vezes...atualmente, ele nem bate palmas, só quer assoprar!

Enfim, o Fernando está muito mais interativo, tem aprendido muitas coisas, nos ensinado outras tantas e começa a mostrar suas vontades e personalidade.
 

O mundo visto daqui de cima é mais legal!
Já sei: para subir ou descer, barriga para baixo.

O Erik não pula esse obstáculo, mas eu vou conseguir!
Hei, queremos sair!

Me tira daquiiiii!!!

 
Ah, nessa cadeirinha, não!

Mãe, eu não gosto daquiii!
Ah, manhê, me tira daqui, vai?

Mamãe não se comoveu com meu choro...
Fazer o quê?...


Já revirei tudo pra lá, agora vou bagunçar aqui...

Escalando o carrinho!
Manhê, não sei como fiz isso, mas me tira daqui!
Hei, tem alguém aí?
Erik, ou você me ajuda, ou sai do caminho, né?

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

1 ano

Por incrível que pareça já se passou um ano desde o nascimento de nosso filho. É legal ver as mudanças e o crescimento dele. Antes era possível carregá-lo deitado em um braço e agora mal aguantamos ele com os dois. Nosso "bebê" está crescendo e brincamos que agora ele já é um menino, mesmo que ainda seja um bebê. Domingo dia 04 ele completou um ano e felizmente esse foi um ano muito bom, sem maiores problemas, em que ele se desenvolveu com saúde. Ele é curioso, quer explorar tudo e se arrisca para chegar aos lugares "proibidos" (fios de aparelhos eletrônicos, subir em locais em que possa cair), mas faz parte do crescimento e da aprendizagem. Bricamos que por enquanto ele só faz juz ao primeiro nome dele: Fernando (aquele que segue em frente com coragem) e que ainda não desenvolveu a parte do segundo nome: Akira (discernimento, segundo o kanji do nome dele).
Resolvemos fazer uma festa só para os familiares e amigos muito próximos. Convidamos os pais da Helene e os irmãos dela, que vieram com os conjuges e filhos. Vieram também o Fujimoto, a Keilla e o marido, e a Wal. Para nosso filho foi um dia como qualquer outro, só com mais gente em casa. Para nós, um dia de mais trabalho (arrumar as coisas para a festa dá bastante trabalho e realmente contratar um buffet dá bem menos dor de cabeça), mas valeu à pena. Andamos treinando para cantar Parabéns e bater palmas e assoprar a velinha, mas pelo visto ele ainda não pegou o espirito da coisa. Quem sabe no ano que vem...
 Gostariamos de agradecer a todas as pessoas que fizeram parte dessa história e que nos acompanharam ao longo deste ano que passou e esperamos poder continuar contando essa "saga" por muitos e muitos anos!