domingo, 10 de junho de 2012

18 meses

Tem sido cada vez mais difícil descrever o quanto é maravilhoso acompanhar o desenvolvimento do nosso pequeno – cada vez maior (e mais pesado), com um cachinho se formando no topo da cabeça, inventando formas de alcançar as coisas e lugares.
A palavrinha “abe, abe, abe” continua sendo mágica, mas ele agora alcança a maçaneta das portas e ganhou mais liberdade. Ainda não alcança os interruptores de luz, o que não o impede de acender ou apagar as luzes - ele usa um cabo de vassoura!
O vocabulário ainda é basicamente monossilábico, com direito a repetições, mas com a ajuda do contexto, nossa comunicação verbal tem progredido a passos largos. Por exemplo:
- ssss, com o dedo estendido em frente ao nariz (às vezes dentro ou apertando-o) = Erik, quieto!
- ssss, apontando para cima = acenda a luz ou a luz está acesa; quando apagada ele diz [es]‘cuuuu’[ro]
- ssss, ao final da refeição = suco
- ssissi = xixi (segurando a fralda)

Apesar de alguns dias frios e/ou chuvosos, ele não perdeu as aulas de natação. Em alguns dias, ele está inspirado, já faz sozinho os movimentos de braços e, mais recentemente, começou a mexer bastante as pernas. Outro dia, segurando na barra, ele ficou tão relaxado que o corpo boiou e lá ficou ele, de barriga pra cima, olhando para o teto; aconteceu o mesmo quando ele segura na raia ou no “macarrão” ou abraça a bola. Tem dias que ele mergulha o rosto na água e solta muitas bolhas de ar, sempre com os olhos abertos.
Na hora do banho, repetimos as músicas da piscina e ele faz alguns exercícios. Agora ele deita sozinho na bacia, mas para mergulhar cabeça e tronco, as pernas ficam para fora! Ele se ensaboa e depois ensaboa o Kintaro.
Em geral, ele entende bem um “nãããão”, mas já nos desafia ou tenta nos desarmar com “aquele” bico e lágrimas brotando nos olhos. Outro dia, ele estava batendo em mim. Expliquei que não pode, mas ele insistiu. Avisei que se ele batesse de novo, iria ficar sentado no sofá do canto. Ele bateu. Eu o coloquei no sofá, expliquei porque ele estava lá e o deixei por um minuto, vigiando, mas sem dar atenção a ele. Antes de liberá-lo, expliquei de novo porque ele ficou ali. Ele me deu um abraço e foi brincar.
Depois de um tempo, ele veio correndo, me deu um tapa e correu para o sofá! Não sei se ele achou que fazia parte da brincadeira. Também não sabemos onde ele aprendeu a bater, porque não batemos nele, ele não apanha na natação, nem de outras crianças... às vezes é sem querer, quando se agita muito, mas sempre alertamos quando ele nos machuca ou se põe em risco de se machucar.
O danado entende bem o processo todo – o alerta, a explicação, o aviso sobre ir ao sofá e o castigo. Assim, ele faz suas travessuras, repete ao ser alertado, mas quando reforçamos que não pode, ele já nos dá um abraço e pára (por um tempo, claro).
Mas ele brinca bem sozinho. Aliás, tudo é brincadeira e diversão. Uma das favoritas é ir na loja onde compramos ração para o Erik. Tem peixes, passarinhos, coelhos, camundongos...
Ele descobriu o banco do motorista – muito mais legal que a cadeirinha dele!
Outro brinquedo que ele tem curtido é uma casinha-mala, que ganhou na Timina. Carrega para lá e para cá, tira os blocos, guarda, encaixa, desencaixa, guarda. E começa tudo de novo...
A outra curtição do momento é cantar. Ele repete sílabas, mas curte e tenta repetir. Cai, cai balão, atirei o pau no gato, nana nenê...
Meus pais retornaram e o Spyke não está mais conosco. Neste feriado fomos visitá-los e o Fernando ganhou um livro que faz o som de alguns animais. Ele adorou! Aperta o botão e imita o macaco, o leão...também ganhou um brinquedo para aprender os primeiros números, mas por hora, a brincadeira é só encaixar as peças, tirar, guardar e começar tudo de novo!
O presente mais especial foi o álbum com as fotos do 1º ano de vida. O Pipo e a Kathrin fizeram uma seleção das centenas de fotos que compartilhei com eles e montaram um photobook. Ficou liiiindo! Foi o presente deles pelo nosso casamento, o presente para a vida do Fernando. Eu sabia que ia chorar quando visse; acho que sempre ficarei emocionada ao ver e mostrar para os amigos. Mal vejo a hora de quando o Fernando começar a curtir e querer ouvir um pouco sobre sua própria história!

Helene

 
Bom dia!


Cansei do copo e do cadeirão.

Hei, acordei!

Opa, esqueci de deixar a chupeta...
Que tal, mamãe?

Acho que vou ser canhoto igual a mamãe

Meus blocos
Erik, vamos passear!


Quantos peixes grandes! (até deixei minha casinha para lá)

Essa cadeira aqui é mais legal que a minha!
Papai, me deixa.

Voltando da feira. Quem quer banana?

Alô! (topetudo...)
Olha o sapatinho da mamãe!
Vou acender a luz e já volto.