domingo, 5 de fevereiro de 2012

1 ano e 2 meses

Durante o mês passado, visitamos algumas escolas, mas decidimos que ele ainda ficará em casa, seguindo a orientação do pediatra. Em todas elas, o Fernando parece ter ficado bem à vontade. Nós o soltávamos e ele sumia, sem olhar para trás. Aliás, quando ele anda e pedimos para ele dar a mão, ele se esquiva. Só aceita para descer a nova rampa da casa, que fizemos para deixar a calçada conforme manda o prefeito.
Por isso, ainda não dá coragem de passear com ele a pé na rua. Mas ele caminha bastante pelo tatami e pela casa. Ele já anda com bastante firmeza e sempre com pressa. Os braços ainda ficam erguidos e ele aperta o passo e começa a gargalhar quando ouve “vou te pegar!”. Se não proponho a brincadeira, ele passa bem na minha frente, olhando de lado, como quem diz: não vai me pegar? Corre um pouco e se joga no tatami para ser levantado e voar!
Definitivamente ele gosta de independência e é determinado e destemido. Já não quer ficar no colo, exceto quando está manhoso. Se ele se machuca por insistir em fazer algo que avisamos (“nããão, vai fazer dodói”), ele não chora.
A outra novidade é que ele começou a fazer natação. Foi o meio termo que encontramos, já que decidimos não matriculá-lo na escola, mas gostaríamos que ele tivesse contato com outras crianças, freqüentasse um ambiente diferente da casa. Acho que desde a 1ª aula ele curtiu, mas agora reconhece os coleguinhas, o ambiente, as músicas e os exercícios.
Ele faz duas aulas por semana, de 45 minutos de duração, pela manhã. Na 1ª aula eu fiquei com medo de mergulhá-lo e deixei que a professora fizesse. Na 2ª aula, já fui confiante e, atualmente, já deixo ele bem solto, afundo, mergulho e ele está bem adaptado. Os olhos ficam abertos embaixo d’água e ele prende a respiração quando afunda; na superfície, ele mexe bem as pernas e solta o ar pela boca, mas tem sempre os braços meio tensos.
Dia de natação é dia de almoçar tudo e dormir bem à tarde!
Nos treinos de aikido, ele identifica alguns movimentos do aquecimento, que faz espontaneamente ao pisar no tatami, mesmo fora dos horários de aula. Girar os pés, alongamento dos punhos, girar o tronco transferindo o peso de uma perna para a outra. Ah, também apóia as mãos no chão e olha por baixo das pernas; logo dará uma cambalhota.
Engraçado que, de tanto reforçarmos que para descer tem que virar de barriga para baixo, até para sair do tatami ele se rasteja de ré até o pé alcançar o chão. São 4 cm de altura!... mas ele faz o mesmo para descer da nossa cama, que é bem alta e ele sempre perde o equilíbrio e cai sentado.
Esta é a fase da imitação. É quase assustador como tudo o que falamos ou fazemos ele tenta imitar. Ok para as brincadeiras, sons, ensinamentos, bons hábitos, mas requer cuidado com os maus hábitos e maus exemplos. Não só isso: ele quer usar faca, tesoura, ferramentas, computador etc. Se ele não consegue, ele entrega na nossa mão, como quem diz: faz isso funcionar?
Como disse no post anterior, a atenção tem que ser integral! Num vacilo, nós o deixamos sozinho na sala por um instante e quando voltamos, ele estava com o olho inchando e a pálpebra inferior cortada. Nunca saberemos o que houve... Fiquei com ele no colo, enquanto o Zé foi preparar a bolsa de gelo. Levei-o até o espelho e ele riu ao ver uma imagem estranha! Reclamou de ficar com o gelo, mas foi importante para reduzir o edema. Depois, já estava brincando novamente e, no dia seguinte, foi para a aula de natação e nem parecia se lembrar do ocorrido.
Agora está mais falante ainda! Fala até na piscina, durante a aula de natação. “pá” é papai ou papai Noel (ele gosta tanto que o nosso ainda está na porta da sala), “mã” sou eu (e a japonesa do calendário!) e se ele já está comigo puxando minha blusa é “mamar”, “bom” sempre que come o que gosta, “nê” é neném, “pã” é pão, “nana” é banana, “ga” é água, “sss” é suco, “den” é dente, “rrrr” é porco (ele tenta imitar quando roncamos, mas assopra um ‘r’ bem gutural), “shshshsh” é xixi, “cocô” – essa ele fala direitinho! E na última visita à vovó e ao vovô, ele acertou um “vovo”. Ah, “eié” (algo assim) é Erik, mas a maneira mais comum dele se referir ao Erik é um som semelhante ao de alguém com crise de asma: é ele imitando o choro do Erik. E ele também tenta assobiar para chamá-lo – e não é que às vezes sai? Porém, na maioria das vezes ele faz o bico e solta um “uuuu”, estendendo a mão, abrindo e fechando os dedos.
Praticamente tiramos a chupeta. Quando ele começou a escalar tudo para entrar no berço e pegar a chupeta, resolvemos tirá-la de lá. Semana passada ele começou a antecipar a hora de acordar e imaginei que se a chupeta estivesse lá, ele dormiria um pouco mais. Mas nesta semana ele já voltou ao normal: dorme entre 20h e 21h e acorda entre 7h e 8h. Ao contrário do que se pensa, quando ele dorme mais tarde, acorda mais cedo na manhã seguinte (e fica de mau humor!). Assim, a chupeta é de uso cada vez mais restrito.

Quanta coisa legal!
Ai, tô frito!

Aula experimental de natação: gostei!



 
(Logo) depois da aula de natação.

Ê vida boa!

Doeu mais no papai e na mamãe do que em mim...

Nada abala meu apetite

Papai fechou minha passagem. Só me resta pular por cima!

Que esconderijo legal!