segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Era uma vez... em nossa família

Estou com este post em mente há meses! Já mudou de versão várias vezes, mas ainda vale o registro.
Neste ano, finalmente o Fernando passou a prestar atenção e pedir que contássemos estórias. Antes dos 3 anos, o Fernando já tinha bastante apego a livros, mas não parava para ouvir nenhuma história. Não nos dava chance de ler uma frase sequer.
A escola anterior, no Campo Belo,tinha a biblioteca – eu amava. Toda 4ª era dia de levar livro para casa; toda 2ª era dia de devolver o livro e compartilhar a história com os amigos. Foi um desafio. Alguns livros passaram quase batidos. Outros foram incorporados, como o Galo Piripim. Até hoje o Fernando pede para contar a história. Houve uma fase em que ele incrementou um final trágico, em que o galo virou torta na máquina da Sra. Tweedy (do desenho "Fuga das galinhas").
O ritual de contar histórias começou com o papai, ao relembrar de brincadeiras do dia. Era sobre algum bicho de papel e o mesmo bicho de arame, de madeira, de metal etc.. e muitas gargalhadas do Fernando!
Depois, passou a ser a história dos desenhos que ele havia assistido durante o dia na TV. E por alguns meses, ele sabia a programação. Foi quando ele entendeu e incorporou o sentido do que é ‘sequência’, também sempre mencionada no Dora, a aventureira e Time Umi-zumi.

Daí, a contação de histórias passou a nos entreter nos trajetos de carro, mesmo até a escola, e nas refeições.

Paralelamente, muitas vezes explicamos orientações e regras ao Fernando, contando passagens de nossas vidas. Pronto. À noite vinha o pedido: pai/mãe, conta aquela história de quando você se perdeu, caiu, se machucou, foi roubada, apanhou da vovó etc.. e pareciam ser as mais divertidas!
“era uma vez uma menina muito peralta chamada Helene...”
Bastou algum comentário e ele passou a pedir para contar histórias dele, bebê ou ‘do dia de hoje’. Essas sempre começam assim: era uma vez, um menino muito querido e amado chamado Fernando Akira.

Teve a fase dos audiolivros que a vovó deu – do Pinóquio e o Flautista de Hamelin. Ouviu até memorizar frases inteiras! E a estória do Pinóquio rendeu boas lições: a importância da escola e não mentir.

Hoje em dia, o Fernando tem um acervo e tanto. Há fases para cada livro. E de repente, ele resgata algum que andava esquecido. Ele gosta de levar seus livros para a escola – na anterior e nesta. Um investimento e tanto!

Mais recentemente, ele tem se interessado por histórias em quadrinhos, embora não entenda bem a dinâmica, muito menos as piadas – pudera! Ele pede para ler Garfield, Mafalda e Calvin...

Eu espero que ele se empolgue com a ideia de ler sozinho e aprecie sempre uma boa leitura!

Quanto ao Alexandre, ele vive pegando os livros do Fernando. Conversamos com o Fernando e escolhemos alguns para ele dar para o irmão, que literalmente devora livros...