Setembro
é um mês muito especial na família: aniversário do vovô, da vovó, bodas do vovô &
vovó, bodas do tio Tuti & tia Simone, aniversário da Bia. Como sempre, ele
curtiu muito o encontro com as primas.
A
fala continua se desenvolvendo rapidamente. É a fase papagaio. A gente sempre
descreveu o que faz com ele, desde recém-nascido: a troca de fralda, o banho, a
alimentação, o vestir-se, tudo durante o passeio etc. Além dele se distrair, a
hipótese é que ele associaria as coisas, as palavras e os gestos.
Assim
ele foi aprendendo algumas palavras:
-
Agora, vamos passar pomada. Aonde a gente passa?
- Bubum!
- Para
quê?
- Dodói.
- Isso,
filho, para não fazer dodói.
-
Acabou (de comer). E agora, quem quer fruta?
-
Eeeeeeu! (com o indicador apontando para o alto).
-
Para comer fruta tem que ficar...
-
Sentado!
-
E depois?
-
Suco!
-
Para tomar suco...
-
Sentado (se jogando no cadeirão – porque a essa altura ele já está na beira do
espaldar). Dodo (puxando o babador para baixo do queixo).
Ele
está muito mais atento ao que falamos e repete com mais precisão também.
Mas
as músicas ainda são interativas. Cantamos um pedaço e ele completa.
-
Atirei o pau no ga
- toto
-
mas o ga
- toto
-
não mo
-rereu
...
e se ele está meio disperso, fica engraçado: atirei o pau no ga... caca...
Neste
mês estivemos 2 vezes na casa da Titia Cema. Ele ainda pede para ver a titia na
máquina de fotografia. E quanto a vê, começa a se balançar pedindo para cantar: vamos passear
no bosque... e em seguida, chama as gatas: Faia, Kiti.
Ir
para a casa da titia certamente terá um lugar especial nas memórias gostosas de
infância.
Brincar
com água, com a carranca, com as pedras de dominó (na mala de advogado de porta
de prisão, como define a tia), as galinhas da angola (de cerâmica), a coruja
(who, who), a esteira de correr, os utensílios de cozinha...
E
desta vez, ele voltou dizendo: faca, não. Toma(da) dá choque. Como se não
disséssemos isso milhares (sem exagero) de vezes, mas com a titia dizendo,
pareceu fazer sentido, embora ele repita com cara de travessura e tentando
pegar.
Mas
aproveitei o ensejo e emendei outras lições:
-
Faca não, faca não – diz ele, estendendo a mãe em direção a uma
-
Isso mesmo. Faca não. É perigoso. Perigoso faz...
-
Dodói
-
E isso, o que é? É tesoura. Tesoura não!
-
ôia não.
-
Isso mesmo. Tesoura, não. É perigoso. Perigoso faz...
-
Dodói.
- E tomada?
- Toma
dá choque.
-
Isso mesmo. Tomada dá choque. É perigoso. Perigoso faz...
-
Dodói.
-
A titia falou para não pegar. Seja obediente.
-
ete (com um sorriso orgulhoso de si mesmo).
Na
minha infância, senti falta de ter titia para visitar, para me paparicar, para
fazer coisas diferentes... fico feliz que o Fernando tenha as titias por perto.
Comer
está ficando chato porque todo o resto é mais legal: brincar, correr, pisar nas
pedras, cavocar areia, se jogar sobre o Erik, ligar e desligar os aparelhos,
falar ao telefone (altos papos imaginários com a Bia, Jaque, tia Cema, Tuti,
vovô/vovó), ver o Popó...
Fora
de casa, sem chance. E mesmo em casa, haja paciência!
-
Filho, abra a boca, por favor. Vamos comer?
-
hmm, não!
-
Obediente, por favor. Obediente a mamãe adora!
-
Ahhh - se estiver com fome.
Ou
então, fico rodeando o cadeirão, enquanto ele fica em pé e roda sobre o
assento.
Em tempos de Olimpíadas, lembro de rimos juntos, Zé e eu, assistindo a
um jogo de vôlei. O narrador disse: faltam só 8 pontos! E ainda teve muito
jogo!... e fazemos o mesmo: filho, faltam só 8 colheres!...
E
tento explicar que vou colocar a fruta no mesmo pote. Então, tem que fazer “acabou.
Pi-pi” para eu lavar o pote e colocar a fruta de sobremesa.
Na
hora da fruta e do suco ele sempre tem apetite e se comporta bem.
Agora
ele come as frutas sozinho, espetando os pedaços com o garfo. Isso quando ele
não resolve alimentar todos os bichos do ônibus que ele ganhou da Keilla!
Aprendeu
com o Erik: quando queremos ir e ele quer ficar, ele se joga no chão e fica tão
relaxado que a gente mal consegue segurá-lo!
Também
é a fase de ficar nervoso: abeabeabeabe!!! Bravo, querendo bater o que quer que
seja contra o chão. Filho, como se diz?
-
Fovo... abrindo um sorriso irresistível, como se caísse em si e reconhecesse
que não precisava ficar tão nervoso.
-
saísaísaísaísaí!!! (ao acordar, tentando pular a cerca do berço)
-
Como é?
-
Fovo...
Pelo
menos ele entendeu bem o sentido de “por favor” e incorporou o uso! Agora
estamos introduzindo o “obrigado”, mas ele repete sem entender porquê, com um
sorriso de curiosidade, como quem diz “mas para quê isso?”.
Ultimamente
temos intercalado banhos no chuveiro e na banheira.
Ah,
e depois de tempos com o pinico esquecido, dia 13 ele fez cocô! E de lá para
cá, parece ter entendido bem. Ainda usa fralda, mas temos acertado os horários
e ele tem poupado umas fraldas fazendo cocô e xixi no “toninho”.