segunda-feira, 17 de setembro de 2012

1 ano, 9 meses e alguns dias



Setembro é um mês muito especial na família: aniversário do vovô, da vovó, bodas do vovô & vovó, bodas do tio Tuti & tia Simone, aniversário da Bia. Como sempre, ele curtiu muito o encontro com as primas.
A fala continua se desenvolvendo rapidamente. É a fase papagaio. A gente sempre descreveu o que faz com ele, desde recém-nascido: a troca de fralda, o banho, a alimentação, o vestir-se, tudo durante o passeio etc. Além dele se distrair, a hipótese é que ele associaria as coisas, as palavras e os gestos.
Assim ele foi aprendendo algumas palavras:
- Agora, vamos passar pomada. Aonde a gente passa?
- Bubum!
- Para quê?
- Dodói.
- Isso, filho, para não fazer dodói.

- Acabou (de comer). E agora, quem quer fruta?
- Eeeeeeu! (com o indicador apontando para o alto).
- Para comer fruta tem que ficar...
- Sentado!
- E depois?
- Suco!
- Para tomar suco...
- Sentado (se jogando no cadeirão – porque a essa altura ele já está na beira do espaldar). Dodo (puxando o babador para baixo do queixo).

Ele está muito mais atento ao que falamos e repete com mais precisão também.
Mas as músicas ainda são interativas. Cantamos um pedaço e ele completa.
- Atirei o pau no ga
- toto
- mas o ga
- toto
- não mo
-rereu
... e se ele está meio disperso, fica engraçado: atirei o pau no ga... caca...

Neste mês estivemos 2 vezes na casa da Titia Cema. Ele ainda pede para ver a titia na máquina de fotografia. E quanto a vê, começa a se balançar pedindo para cantar: vamos passear no bosque... e em seguida, chama as gatas: Faia, Kiti.
Ir para a casa da titia certamente terá um lugar especial nas memórias gostosas de infância.
Brincar com água, com a carranca, com as pedras de dominó (na mala de advogado de porta de prisão, como define a tia), as galinhas da angola (de cerâmica), a coruja (who, who), a esteira de correr, os utensílios de cozinha...
E desta vez, ele voltou dizendo: faca, não. Toma(da) dá choque. Como se não disséssemos isso milhares (sem exagero) de vezes, mas com a titia dizendo, pareceu fazer sentido, embora ele repita com cara de travessura e tentando pegar.
Mas aproveitei o ensejo e emendei outras lições:
- Faca não, faca não – diz ele, estendendo a mãe em direção a uma
- Isso mesmo. Faca não. É perigoso. Perigoso faz...
- Dodói
- E isso, o que é? É tesoura. Tesoura não!
- ôia não.
- Isso mesmo. Tesoura, não. É perigoso. Perigoso faz...
- Dodói.
- E tomada?
- Toma dá choque.
- Isso mesmo. Tomada dá choque. É perigoso. Perigoso faz...
- Dodói.
- A titia falou para não pegar. Seja obediente.
- ete (com um sorriso orgulhoso de si mesmo).

Na minha infância, senti falta de ter titia para visitar, para me paparicar, para fazer coisas diferentes... fico feliz que o Fernando tenha as titias por perto.

Comer está ficando chato porque todo o resto é mais legal: brincar, correr, pisar nas pedras, cavocar areia, se jogar sobre o Erik, ligar e desligar os aparelhos, falar ao telefone (altos papos imaginários com a Bia, Jaque, tia Cema, Tuti, vovô/vovó), ver o Popó...
Fora de casa, sem chance. E mesmo em casa, haja paciência!
- Filho, abra a boca, por favor. Vamos comer?
- hmm, não!
- Obediente, por favor. Obediente a mamãe adora!
- Ahhh  - se estiver com fome.
Ou então, fico rodeando o cadeirão, enquanto ele fica em pé e roda sobre o assento. 
Em tempos de Olimpíadas, lembro de rimos juntos, Zé e eu, assistindo a um jogo de vôlei. O narrador disse: faltam só 8 pontos! E ainda teve muito jogo!... e fazemos o mesmo: filho, faltam só 8 colheres!...
E tento explicar que vou colocar a fruta no mesmo pote. Então, tem que fazer “acabou. Pi-pi” para eu lavar o pote e colocar a fruta de sobremesa.
Na hora da fruta e do suco ele sempre tem apetite e se comporta bem.
Agora ele come as frutas sozinho, espetando os pedaços com o garfo. Isso quando ele não resolve alimentar todos os bichos do ônibus que ele ganhou da Keilla!

Aprendeu com o Erik: quando queremos ir e ele quer ficar, ele se joga no chão e fica tão relaxado que a gente mal consegue segurá-lo!

Também é a fase de ficar nervoso: abeabeabeabe!!! Bravo, querendo bater o que quer que seja contra o chão. Filho, como se diz?
- Fovo... abrindo um sorriso irresistível, como se caísse em si e reconhecesse que não precisava ficar tão nervoso.
- saísaísaísaísaí!!! (ao acordar, tentando pular a cerca do berço)
- Como é?
- Fovo...
Pelo menos ele entendeu bem o sentido de “por favor” e incorporou o uso! Agora estamos introduzindo o “obrigado”, mas ele repete sem entender porquê, com um sorriso de curiosidade, como quem diz “mas para quê isso?”.

Ultimamente temos intercalado banhos no chuveiro e na banheira.
Ah, e depois de tempos com o pinico esquecido, dia 13 ele fez cocô! E de lá para cá, parece ter entendido bem. Ainda usa fralda, mas temos acertado os horários e ele tem poupado umas fraldas fazendo cocô e xixi no “toninho”.

Quem disse que eu não gosto de comer?

O leite ainda é na mamadeira. (Gostou do meu chapéu?)

Aniversário da Mamãe!

Kiwi-kiwi-kiwi! (para mim e meu hipopótamo)

A foto do mês

Êba, na casa da Titia Cema...

...eu me divirto muito com tudo!

Adorei o banho do Erik! Papai, também quero!

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