Akira Panhan: junho 2013

[aos seguidores, postei fotos que fiquei devendo desde o post de 2 anos e 4 meses]

Como tudo passa rápido!

Ele já entendeu bem o que deve dizer para ‘pedir direito’. Quase gritando: posso tomar um suco, por favor? Posso ver a galinha, por favor? Posso tocar a campainha, por favor?

Resta explicar que pedir direito não garante a permissão. Melhor exemplo: “Posso pegar seu brinquedo, por favor?” – no parque. Um sonoro não e ele tenta arrancar o brinquedo do dono e/ou arma um bico enorme e começa a chorar...

É bem frustrante e ele realmente parece não compreender. Até que chegue um que queira brincar com os brinquedos dele. Aí as coisas parecem começar a fazer sentido. Não é não.

Durante o mês que passou, tive a reunião com a diretora da escola. Ela me mostrou os trabalhos, explicou o que devia ser feito e como ela avalia: se preenche uma figura dentro do contorno, noção de dentro e fora, acima ou abaixo, proporção etc. Disse que ele mudou bastante desde que entrou na escola. Acabei descobrindo que ele às vezes chorava na hora do lanche, a ponto de precisar sair com a tia e comer separado das outras crianças. Mas agora está bem adaptado ao ritual do lanche, aos colegas e às regras. Mais recentemente ele interage melhor com outras crianças.

Observações dela que me chamaram a atenção:

- Ele não é egoísta.

Achei estranho, porque quando vamos ao parque, ele é bem egoísta. E folgado. Basicamente, brinca com tudo dos outros e não empresta nada! Mas a professora insistiu: ele sempre empresta os livros – aqueles novos, do mês passado, continuam indo para a escola, natação, carro, berço etc. E nas 6as, dia da novidade, ele também deixa todo mundo brincar com o brinquedo dele.

A outra observação: ele não faz contato visual.

Isso é variável em casa. Quando o papo está bom, não é perceptível; não sou capaz de jurar que ele mantém contato visual, mas interage bem. Quando estamos explicando algo ou chamando a atenção dele, é desagradável. Ele desvia o rosto e fica mudo mesmo.

Na escola, ele parece não estar prestando atenção e não olha para a professora. Porém, quando ela pergunta sobre o que acabou de dizer, ele responde adequadamente...

Na natação ele progrediu bastante e tem ido animado para as aulas. Entra e sai pela escada, pula da beira da piscina para dentro, movimenta braços e pernas – e sai do lugar! Segundo a professora, está confiante demais e deve sempre ser vigiado em lugares com piscina. Ele já ficou de castigo, sentado na beirada da piscina, por pular sem ser chamado.

Essa professora é muito boa. Doce, mas exigente. As crianças tem que obedecer, aguardar serem chamadas, só podem pegar os brinquedos quando ela autorizar e, no final da aula, todo mundo ajuda a guardar.

Quando alguém desobedece, ela chama a atenção; firme e séria, sem ser agressiva. O Fernando desvia o olhar, mas obedece em seguida.

O banho de chuveiro é curtição, beber água do bebedouro é curtição, usar o banheiro é curtição (tem um vaso para crianças), mas o melhor de tudo é carimbar o cartão de presença na saída. A adoração pelos carimbos é tão grande que comprei para ele um conjunto de carimbos – vai render muita brincadeira porque são objetos para ensinar o alfabeto e todos eles têm o desenho e o nome, em letras maiúsculas e escrita cursiva. Mas por hora, a brincadeira é guardar e espalhar tudo pelo chão...

Tem sido mais frequente ele não dormir à tarde – mas isso ainda significa mau-humor no final do dia e dormir antes das 20h. Ainda acho que vale a pena cochilar à tarde.

Ele não pede mais mamadeira durante o dia, mas também nunca toma o leite com a mesma vontade que toma o suco. Temos que vigiar, segurar o canudo, a caneca, ajudar, pedir...

Finalmente ele começou a curtir o biciclo. Foi legal porque coincidiu com a aula de trânsito na escola!

Outra coisa gostosa do mês que passou foi o dia das mães. A escola acabou antecipando a homenagem às mamães para 6ª-feira e eu não pude participar... apesar disso, o domingo foi muito especial! Primeiro porque ele dormiu até quase 9h – evento raríssimo. Com o pai, veio me trazer presentes – que para ele, são sempre de natal, com direito a dizer sempre com entusiasmo: “um pesente de natal. Hohoho!”

Não importa a data ou para quem seja, ele fica feliz e quer abrir.

O ‘binquedo da mamãe’ é uma máquina de fazer café, linda, mas que falhou quando convidamos o tio Pipo para tomar um café...

O mais legal foi ter recebido a carta que eles fizeram durante a semana dos ‘meios de comunicação’. A atividade especial da semana foi ir ao correio postar um cartão para a mamãe! Com isso, o ritual ao voltar para casa é checar a caixa do correio. E para a felicidade dele, a tia Martha mandou uma carta, num envelope grande decorado com vários adesivos.

Ele continua vendo bastante “A fuga das galinhas”, resgatou a “Galinha Pintadinha” e se encantou com o “Dumbo”.

Atualmente eles estão ensaiando a dança da festa junina, que será no Pet Zoo.