É isso mesmo. Antes
da tão falada fase dos porquês, tem a fase do ‘o que é’. É um desafio e tanto!
Paciência e simplicidade são fundamentais nessa fase. A sequência de perguntas
não tem fim. E as respostas tem que ser simples (na medida do possível).
- O que é dourado?
- É o amarelo que
brilha.
- O que é
Dinamarca?
- É um país.
- E o que é um
país?
- É um pedaço do
planeta Terra, onde as pessoas compartilham várias coisas.
- O que é
ingrediente?
- O que é massa?
- O que é largo?
- O que é vizinho?
- O que é... o que
é... o que é...
Pelo menos consegui
um acordo, que também é um bom exercício de memória:
Vamos combinar: vou
explicar uma vez. Depois, você vai ter que se lembrar da explicação, ok?
E não é que ele
repete com as mesmas palavras?
Nesses dias, umas
meninas da escola estavam brincando de cama de gato. Percebi que ele ficou
olhando e comentei: sabe o que é aquilo? Uma brincadeira que se chama cama de
gato.
- E o gato?
E a recíproca é
verdadeira. Outro dia, contando história sobre um menino que perdeu a memória,
perguntei:
- O que é memória?
- É um jogo que tem
que achar a carta igual.
- Está certo. O
nome do jogo é por causa da memória, um lugar no cérebro onde guardamos as coisas
que aprendemos, as lembranças e até as emoções.
Sobre outro desenho
animado, as pessoas fugiam de um barulho estrondoso. Apenas um personagem
permaneceu onde estava, sem se incomodar com o barulho. Comentei:
- Acho que ele é
surdo. Você sabe o que é surdo?
- É quem não se
mexe.
No fim das contas,
devo confessar que estimulo muito esta fase porque vivo perguntando:
-Você sabe o que é
isso? (sejam objetos, palavras, alimentos, insetos etc.)
E ele tem um vocabulário
e tanto!
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