Novidade oficial: o Fernando vai ganhar irmãozinho ou irmãzinha.
No meio de toda a confusão da mudança de casa, eu estava
ciente dessa possibilidade, mas não me ative muito a ela. Explico. Em 2012,
casamos oficialmente, compramos a casa, desejamos, planejamos e engravidamos. A
vida parecia sob nosso controle. Queríamos mudar logo, mas com a boa nova da família,
decidimos adiar a mudança, ajeitar a casa nova com mais tempo e calma. Antes de
compartilhar a boa nova, como fizemos com o Fernando, aguardamos o primeiro
exame para ver se tudo corria bem. Daquela vez, eu até estava disposta a contar
para a família antes, se tudo estivesse bem. Era véspera do dia das mães – e como era sábado, poderíamos ir em família.
Eu queria muito que o Zé estivesse comigo, pois ele não tinha visto esse
primeiro exame na gravidez do Fernando. Para nossa tristeza, a imagem, cinzenta
e granulada, mostrava um embrião sem vida. O coração não estava batendo... a gestação
estava entre a 8a e 9a semanas.
Não quero relembrar da mistura de sentimentos e sensações
ruins que vivi até o desfecho daquela gravidez. Na época, registrei num texto,
que acho que não cabe aqui...
Só estou contando isso agora e neste blog porque o início
desta gravidez me fez lembrar mais a 2a gravidez do que a do Fernando... sim,
cada gravidez é diferente da outra, mas a comparação era inevitável. E para meu
desespero, a gravidez atual parecia aquela...
Meu medo era tanto que nem quis fazer os exames de sangue
sem saber, pelo de ultrassom se estava tudo bem. Infelizmente, Zé não pode me
acompanhar e lá fui eu, sem me lembrar de ter ficado tão nervosa para fazer
algum exame médico.
A imagem encheu meus olhos de lágrimas. Fui com olho de
busca para o coração. E lá estava ele, batendo rápido e forte. Em seguida, pude
ouvir aquele som inesquecível. Já estava com 10 semanas!
Ainda assim, não consegui comemorar plenamente, com medo que
aquele coração parasse de bater repentinamente. Dali a 2 semanas, deveria fazer
o exame morfológico. Assim, resolvemos aguardar um pouco mais para poder
compartilhar uma novidade seguramente boa.
E lá fomos nós. Deixamos o Fernando na escola e fomos para a
Zona Norte, único lugar onde consegui agendar o tal exame no período previsto.
O médico disse “Ganhamos o dia. Porque a gente também fica
feliz. Vocês tiraram a sorte grande. Está tudo bem”. O exame foi rápido e,
infelizmente, não ficou gravado... mas ficará na nossa lembrança junto com a sensação
de alívio.
No Carnaval, queríamos reunir a família em casa e contar
para todos, finalmente, a boa nova. Mas fomos todos surpreendidos: a Bia foi
internada com meningite. A mesma do Zé. Pude imaginar bem a angústia da Simone.
Acabamos contando só para meus pais, quando fomos num
churrasco do pessoal do Dojo, onde também compartilhamos a novidade com os
amigos.
Recuperada, a Bia veio brincar com o Fernando no aniversário
do Zé, que celebramos com a inauguração da churrasqueira.
Depois, ainda fiz outra consulta de rotina, no consultório médico.
Para variar, não estou gostando desse que me atende. Escutou 3 batidas e disse
pronto, está tudo bem, pode ir. Fiquei com a sensação de que ele nem mediu
altura uterina e minha pressão, mas anotou lá um valor...
Para mim, o importante era
conferir se estava tudo bem. Isso porque no final de semana anterior, fomos
para Ilhabela fazer uma travessia. Pela primeira vez, me inscrevi para a prova
de 2km, ainda antes de contar para meus pais que estou grávida. Ao ver o
trajeto, confesso que fiquei com medo, mas eu me preparei bem, nadei no meu
ritmo habitual, ie, devagar e cumpri a prova. Fiquei bem feliz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário