Estou com este post
em mente há meses! Já mudou de versão várias vezes, mas ainda vale o registro.
Neste ano,
finalmente o Fernando passou a prestar atenção e pedir que contássemos estórias.
Antes dos 3 anos, o Fernando já tinha bastante apego a livros, mas não parava
para ouvir nenhuma história. Não nos dava chance de ler uma frase sequer.
A escola anterior, no Campo Belo,tinha a
biblioteca – eu amava. Toda 4ª era dia de levar livro para casa; toda 2ª era
dia de devolver o livro e compartilhar a história com os amigos. Foi um
desafio. Alguns livros passaram quase batidos. Outros foram incorporados, como
o Galo Piripim. Até hoje o Fernando pede para contar a história. Houve uma fase
em que ele incrementou um final trágico, em que o galo virou torta na máquina
da Sra. Tweedy (do desenho "Fuga das galinhas").
O ritual de contar
histórias começou com o papai, ao relembrar de brincadeiras do dia. Era sobre
algum bicho de papel e o mesmo bicho de arame, de madeira, de metal etc.. e
muitas gargalhadas do Fernando!
Depois, passou a
ser a história dos desenhos que ele havia assistido durante o dia na TV. E por
alguns meses, ele sabia a programação. Foi quando ele entendeu e incorporou o
sentido do que é ‘sequência’, também sempre mencionada no Dora, a aventureira e Time Umi-zumi.
Daí, a contação de
histórias passou a nos entreter nos trajetos de carro, mesmo até a escola, e
nas refeições.
Paralelamente,
muitas vezes explicamos orientações e regras ao Fernando, contando passagens de
nossas vidas. Pronto. À noite vinha o pedido: pai/mãe, conta aquela história de
quando você se perdeu, caiu, se machucou, foi roubada, apanhou da vovó etc.. e
pareciam ser as mais divertidas!
“era uma vez uma
menina muito peralta chamada Helene...”
Bastou algum
comentário e ele passou a pedir para contar histórias dele, bebê ou ‘do dia de
hoje’. Essas sempre começam assim: era
uma vez, um menino muito querido e amado chamado Fernando Akira.
Teve a fase dos
audiolivros que a vovó deu – do Pinóquio e o Flautista de Hamelin. Ouviu até
memorizar frases inteiras! E a estória do Pinóquio rendeu boas lições: a importância
da escola e não mentir.
Hoje em dia, o
Fernando tem um acervo e tanto. Há fases para cada livro. E de repente, ele resgata
algum que andava esquecido. Ele gosta de levar seus livros para a escola – na anterior
e nesta. Um investimento e tanto!
Mais recentemente,
ele tem se interessado por histórias em quadrinhos, embora não entenda bem a
dinâmica, muito menos as piadas – pudera! Ele pede para ler Garfield, Mafalda e
Calvin...
Eu espero que ele
se empolgue com a ideia de ler sozinho e aprecie sempre uma boa leitura!
Quanto ao
Alexandre, ele vive pegando os livros do Fernando. Conversamos com o Fernando e
escolhemos alguns para ele dar para o irmão, que literalmente devora livros...