domingo, 2 de agosto de 2015

Brincadeiras do Fernando

Faz tempo que não dedico um post somente ao Fernando, mas ainda que com atraso, vale a pena registrar.
Eu me lembro do primeiro pediatra dele falando sobre interação social e momento adequado para ingressar na escola. Ele dizia que as crianças só começam a interagir com outras a partir dos 4 anos de idade. Antes disso, elas são capazes de dividir espaço, mas sem compartilhar brincadeiras.
O Fernando comemorou o 3º aniversário na escola velha e logo mudamos de casa, escola, natação... e ainda veio o irmão! Então aqui, registro as brincadeiras na casa nova. Claro que algumas são as mesmas desde que ele era bebê; ou melhor seria dizer que os brinquedos são os mesmos, mas as brincadeiras tornaram-se mais elaboradas.
As brincadeiras fazem parte do cotidiano do Fernando e fico feliz em vê-lo divertindo-se tanto.
Esse é um post que merece ser ricamente ilustrado, mas por hora, deixo apenas o texto.

Blocos de encaixar e empilhar: 3 anos foi a idade de brincar de blocos – de todos os tipos. No começo, ainda bebê a diversão era derrubar blocos empilhados; depois, com 2 anos, era empilhar e ver tudo desmoronar. Com a imaginação vieram as construções: edifícios, castelos, guindastes, casas, cidades, estradas, robôs, pontes. Às vezes, ele não mistura os tipos de blocos: cubos de pano, cubos pequenos, blocos ‘da cadeira’, blocos ‘da mochila’, blocos de madeira, blocos que a mamãe fez (papelão e tetra-pak), blocos monta-tudo. Outras vezes, ele usa tudo o que tem! Às vezes quer manter tudo como está por dias. Outras vezes, monta tudo para destruir com seu dragão e seu dinossauro. O Alê também participa como elemento destruidor – e se diverte à beça!






















Quebra-cabeças: começou com os de veículos, 2, 3, 4 e 5 peças. Daí foram os de formas e cores da turma da Mônica, o do Nemo... depois compramos um livro com 5 quebra-cabeças de carros. Quando ele resolve brincar, ele monta todos. Neste ano demos um de 60 peças (lixo reciclável) e hoje ele ganhou um latão com 4 quebra-cabeças de 80 peças cada!

Massinha de modelar: rendeu e rende muitas tardes de entretenimento. No começo, eram cobras e bolinhas. Quando a imaginação aflorou, foram monstros, dinossauros, peixes, bolos, cup-cakes (ele dizia até outro dia curp-cake), biscoitos, caminhões. Ano passado ele ganhou acessórios, que demorou um pouco para aprender a usar, mas hoje em dia, a brincadeira é completa! Nessas férias compramos massinhas novas e logo depois, ele ganhou um kit dos Minions. Não me pergunte como, mas ele descobriu como achar vídeos no youtube mostrando brinquedos e brincadeiras de massinha.

Pinturas. Com giz de cera, canetinhas ou tinta, com pincel ou com os dedos. Ele curte muito misturar cores. Aprendeu até a fazer verde-oliva, com o papai. Passou por uma fase de ficar frustrado porque queria pintar um jacaré e, ao olhar para o desenho final, achava que não parecia um jacaré... por sorte, passou algum desenho em que o personagem fazia uma pintura abstrata. Assim, as pinturas abstratas dominaram a produção artística por um tempo. Neste ano, as pinturas já são reconhecíveis, assim como os desenhos.

Brincar com papel picado. Parece tão legal quanto o tanque de areia. A curtição começa com picar as folhas na máquina. Aí ele junta tudo e se joga. Ou fica no chão e joga tudo para cima. A brincadeira surgiu por conta da mudança de casa, quando jogamos fora muitos papéis.

Sucata. É uma atividade clássica nas escolas. Como separamos lixo reciclável em casa, é comum ele resgatar algo, atribuindo uma função. Além disso, numa das visitas ao SESC, vi as crianças se divertirem muito com blocos feitos de tetra-pak embalados com papel pardo. Voltei para casa e fiz alguns, aproveitando embalagens diversas.
Ele tem o ‘telefone de lata’, que ele chama de ‘sem fio’, apesar do barbante enorme que une as latas. Fiz instrumentos musicais, um submarino (depois de um chororô porque ele queria um submarino amarelo igual ao do amigo...) e até um minion!

Origami: foi uma febre. Desde o avião de papel – e logo lá estava ele com uma frota, de várias cores e lançávamos na sala para ver qual deles ia mais longe. Graças ao Youtube consegui fazer vários bichos e por um tempo, ele andou com todos num baú para lá e para cá. A fase passou sem que ele mesmo aprendesse a fazer algum sozinho, embora na escola ele já tivesse feito algumas atividades do tipo.

Cola, tesoura, fita adesiva: é mais recente e ainda não teve a ideia de cortar cabelo, roupas ou outras coisas que não se deve cortar. Faz bandeiras, quadros, bonecos, cartões...diversão garantida!
Neste ano liberei o uso da tesoura. Ele se sente o menino grande! Recorta formas geométricas, cola umas nas outras e faz barco à vela, robôs, aranhas, máscaras.

Triciclo, carro, patinete circulavam (e ainda circulam) pela casa o dia todo. E, mais no final do ano, o sonho de consumo passou a ser uma bicicleta com pedal... ele chegou a pintar uma, com pedais bem grandes.
Finalmente nessas férias ele ganhou a tão sonhada ‘bicicleta com pedal’! Esperamos um dia bonito de sol, anunciamos a surpresa montando a palavra com as letras e ele ficou radiante. “É o dia mais feliz das férias, da minha vida!”

Receber visitas. Com a casa nova e, depois, com o nascimento do Alê, foram muitas. E quase sempre ele ganhava um presente. Mas mesmo sem presentes, ele curtia ter companhia para brincar. Claro, até o momento que o cansaço ou o ciúme geravam uma briga. Mais recentemente ele já quer mostrar os brinquedos, desenhos, livros.
Desde a visita do tio Pipo, tia Kathrin e Liam, ele gosta especialmente das visitas que vem para dormir em casa. E fica bem triste quando as visitas vão embora.

DVD e TV:  a TV foi (e é) mais companheira do que eu gostaria. Porém, tenho que admitir que hoje há mais opções e é possível driblar a propaganda. Dos 2 anos até boa parte do 3º, ele assistia mais DVD porque não entendia que na TV não era possível repetir as cenas e os episódios logo que acabassem; também não gostava dos intervalos que interrompiam os programas favoritos e não dava atenção às propagandas.
Vida de inseto, Toy Story 1, 2, 3, Casa do Mickey, Galinha Pintadinha, Pingu, Sem floresta, Nemo, Espanta tubarão, Alice no país das maravilhas, Up aventura, Pocoyo, Monstros S.A.... a lista é longa e cada filme foi visto dezenas de vezes!
Com o tempo, e rapidamente, ele memorizou a programação - sabia o horário e a sequência dos desenhos. O pós-piscina até a hora de deitar muitas vezes foi em frente à TV. E ele nunca reclamou que os episódios eram repetidos: Umizumi, Bubble Guppies, Casa do Mickey, Dora a aventureira, Chuck e seus amigos. São desenhos bem apropriados para a idade. São educativos, os personagens fazem perguntas, ensinam sequências, formas geométricas, contagem, pedem ajuda ao amigo – e o Fernando interage bem. Recentemente, ele gosta do Blaze and the monster machines, Patrulha Canina e Escola pra cachorros.
Sempre que possível, um de nós acompanha e destaca atitudes in/corretas, consequências etc. Assim, acabamos incorporando algumas coisas à nossa rotina: a ‘sequência’ é a mais emblemática. Nos desenhos, as crianças tem que completar sequências lógicas ou seguir etapas. Estabelecemos sequência para tudo. E funciona bem!

Contar história: na casa nova, perdemos o bom hábito do Fernando dormir sozinho no quarto. Ainda controlamos bem o horário e ele não dá trabalho para adormecer, mas passamos a contar estórias. No começo, ele não tinha paciência para acompanhar os livros, apesar da boa iniciação com a biblioteca da escola anterior. Ele gostava que recontássemos algum episódio dos desenhos preferidos. Com o tempo, mudou para histórias de verdade – da nossa infância, minha e do Zé, aventuras, trapalhadas, encrencas. Atualmente, ele gosta de seguir nos livros, mas ainda pede com frequência para contarmos episódios de desenho da TV/DVD ou histórias do papai e da mamãe. O hábito também não se restringe mais ao horário de dormir. Ele pede para contarmos histórias durante as refeições e quando estamos no carro.

Tanque de areia: desde os 2 anos e a brincadeira não perde a graça. Fizemos um tanque de areia para ele no final do ano passado. Ele brinca menos do que imaginei, mas ainda gosta bastante. As brincadeiras são mais sofisticadas. No tanque de casa ele leva a caminhões, escavadeiras, a betoneira, o caminhão de lixo, usa vários instrumentos e ferramentas.

Jardim: logo que pusemos grama no quintal, ele curtiu muito. Corria descalço pela grama, plantou um monte de coisas, regava as plantas. Obviamente que o mais legal da história é a mangueira d’água, mas a crise hídrica acabou com a brincadeira...


Balanço, escorregador e rede: foram as novidades do quintal da casa nova. No começo, ele se apossou da rede que chegou a dar briga. Depois, perdeu o interesse. Balanço e escorregador também: tem dia que ele passa um bom tempo brincando, mas passa outros tantos dias sem passar por perto.

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