Desta
vez, foi só um final de semana...
A
tia Iracema mora em Campinas numa casa linda, grande, com jardim, quintal e
duas gatas, a Flya e a Christie. Por estar mais distante, nos encontramos bem
menos do que gostaríamos, mas cada encontro rende muita conversa boa e
comilança. E antes mesmo do Fernando nascer, muita paparicação para o Fernando!
Eu
ainda estava grávida, a barriga grande de 7 meses. Fomos para Piracicaba e
deixamos a vovó Conceição em Campinas num sábado. No dia seguinte, nos
encontramos em Pira para comer peixe. Foi a última viagem que fiz grávida. Foi
a última vez que a vovó Conceição esteve em Campinas. Que dia feliz! E voltamos
com bagagem extra, trazendo presentes para o enxoval do Fernando: um mamadeirão
enorme, com mamadeiras, copos de transição, talheres, prato, mordedor, pente e
escova de cabelo. O primeiro item a ser utilizado foi o mordedor – o mais leve
e macio que ele tinha, em forma de alfinete de segurança. Os utensílios para
comer ele usa todos, diariamente, desde que introduzimos alimentos. As
mamadeiras, também diariamente, desde que desmamou (tentamos dar leite no copo,
mas acabamos nos rendendo à mamadeira, somente para tomar leite). A escova e o
pente... bom, vejam os posts antigos – o Fernando demorou a ter cabelos, mas
agora, se olha diante do espelho e já escova os cabelos, que começam a enrolar,
sozinho. E ainda escova os meus! Ah, e o mamadeirão virou brinquedo para
guardar outros brinquedos.
A
tia Iracema conheceu o Fernando num dia muito triste, quando nos despedíamos da
vovó Conceição. Mas de alguma forma, a partida da vovó acabou nos reaproximando.
A
cada encontro, o Fernando se encanta com os presentes – isso porque ainda não
entende o que é presente. Mas a curtição diante de uma novidade é deliciosa de
se ver. Foi a tia Cema que deu a barraca de bolinhas, que rendeu também muita
diversão para as primas Marina e Bia, e toda criança que vem nos visitar. Ah,
sem contar que o Erik e o Spyke babam diante de tantas bolinhas coloridas!
Foi
a tia Cema que deu o cogumelo-toca dos coelhos, com peças para colocar, porta e
moinho de vento, que renderam e ainda rendem brincadeiras de todo tipo com os
coelhos, ou com a casinha na cabeça, ou encaixando as peças e, mais
recentemente, usando o telhado da toca como chapéu.
Foi
a tia Cema que deu o carrão vermelho! No começo, a brincadeira consistia em
apertar os botões da buzina, do motor e da música. Depois, foi a fase de usar
de banquinho para sentar; depois, para subir em lugares mais altos; mais
recentemente, para ficar em pé, como um equilibrista de braços abertos! Tão
logo ele se sentou com firmeza, amarramos uma faixa de dogui para puxar o
carrinho. Quando ele aprendeu a ficar em pé, a alça traseira do carro servia de
apoio e o ajudou a dar os primeiros passos, empurrando o carrinho. Hoje em dia,
ele carrega o carrinho e aprendeu que tem que mexer os pés para fazê-lo se
mover – mais fácil para trás do que para frente. Mais fácil ainda é estender as
pernas à frente, apoiando-as ao de cada lado do volante e aguardar ser
empurrado, claro! E outra brincadeira recente é deixá-lo tombado para brincar
com as rodas. Agora falta só entender como funciona o volante! Ah, e já
aprendeu a falar “carro”.
Assim,
deliciosamente ela faz parte do cotidiano do Fernando. O último presente que
ela deu foi a escrivaninha. Linda, vermelha, com tampo que levanta e esconde
folhas para desenhar, lápis de cera coloridos, porta-trecos... eu tinha certeza
de que ele ia gostar, porque já vinha usando um banquinho da casa com degrau
como escrivaninha, para rabiscar papéis, para brincar com os tabuleiros e
livros. Creio que ele tenha aprendido na natação – lá tem uma bem parecida,
para 4 crianças e o Fernando chega e se senta sem cerimônia. A brincadeira
ainda é tirar e guardar os lápis, mais do que desenhar. Logo ele se aventurou a
ficar em pé no assento e, logo depois, no tampo!
Mas
o mais legal mesmo é visitá-la em Campinhas. Estivemos lá no final de semana
passado. Em outras visitas, ele ficou à vontade, mas desta vez, ele explorou
todos os espaços! Brincou no jardim, correu pelo quintal atrás das gatas –
voltou sabendo chamá-las pelo nome e agora, quando vou colocar a fralda com
desenho de gatinhos, pergunto: quem é? Ele diz: Faia! Diferentemente da mamãe,
a titia deixa subir na mesa – ele amou abraçar o globo terrestre e apertar as
teclas da máquina de datilografia. Brincou com as coisas de cozinha, ímãs de
geladeira, a cadeira de balanço... e o que dizer da academia de ginástica?
Aprendeu a andar na esteira e quando caiu, descobriu um escorregador – uhu!
Isso
sem contar com os passeios: o almoço no restaurante, onde ele comeu de tudo,
tomou suco e conheceu um monte de gente! O passeio pelo quarteirão, com muitas
árvores, calçadas largas, casas bonitas; o jardim da igreja, onde ele se jogou
nas moitas. Mas nada se compara ao passeio no bosque, em que ele aprendeu uma
nova música. Ao falarmos “bosque”, ele começa a se balançar, esperando alguém
cantarolar: “vamos passear no bosque, enquanto o ‘seu’ lobo não vem...” Logo na
entrada, ele ganhou inflável um galo da titia. Abraçado com o galo, ele viu
ema, araras, tucanos, papagaios, corujas, macacos, leão, leopardo,
hipopótamo... acho que ele nem entendeu direito o que era, e a titia se
frustrou que os bebedouros de água dos animais chamaram mais a atenção do
Fernando, que apontava e dizia: água. Mas é um passeio para ser repetido outras
vezes e ainda vai render muita curtição!
Ah,
e finalmente, a frustração maior da titia foi a mamãe ter comentado no post
anterior sobre a nova escrivaninha sem dar os devidos e merecidos créditos, o
que rendeu-lhe o carinhoso apelido “titia do porão”, e me inspirou a escrever
este post.
Ele
realmente se sentiu em casa. Logo aprendeu onde ficavam as coisas e dormiu bem.
E na hora de irmos embora, de dentro do carro ele disse, balançando o braço:
tau, titi!
Para
garantir a lembrança, mostro na máquina fotográfica a foto, em que ele
identifica: titi, nenê, juntos da jabuticabeira da vovó Conceição.
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Hoje ele diz: "Oiiii" olhando pela janela lateral. |
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Gato! Agora ele identifica: Faia, Kiti! |
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Agora eu brinco mais com o moinho |
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Aprendi a andar, carregar a toca e encaixar as peças! |
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Oi... aogra ele usa o telhado como chapéu. |
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No aniversário do Papai. A roupa não serviu, mas o recado ficou registrado! |
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Isso sim é escrivaninha, mamãe! |
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Água! |
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Água! |
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Ãh? |
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Água... |
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Adorei! |
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Na casa da titia eu me sinto o dono do mundo! |
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Olho, nariz, boca |
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Kiti |
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Adorei andar de esteira! |
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Faia! |
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Titia, eu, Vovó |
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Meu primeiro carro |
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Carreguei até aqui. Agora empurra, fofovo? Até a casa da Titia? |
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