Foi
no dia 7 de janeiro de 2012 que fizemos a aula experimental de natação. O
Fernando estava com 1 ano e 1 mês, ainda mamava, mas já andava com firmeza.
Ele
não curtiu exatamente, estranhou tudo, mas não chorou em nenhum momento! No
final da aula, as crianças mergulham, mas o Fernando só molhou o rosto.
Na
2ª aula, a professora explicou a técnica: eles travam a respiração por alguns
segundos quando sopramos no rosto deles. É o tempo de um mergulho; o movimento
deve ser contínuo – afundar e subir, no mesmo ritmo, devagar. Soprou o rosto do
Fernando e lá foi ele!
A
partir da 3ª aula ele foi se soltando cada vez mais. Trocou de professor várias
vezes sem reclamar – a mamãe aqui reclamou mais!
A
1ª vez que ele chorou foi quando fez aula com o papai, 25 de fevereiro, quando
a mamãe voltou à rotina das aulas, com horários mais rígidos. Mas logo ele
assimilou bem que revezaria: um dia com o papai, outro dia com a mamãe.
Ao
longo do ano, bebês entraram e saíram, ele fez amigos, assimilou os movimentos,
aprendeu a identificar as músicas (várias da Galinha Pintadinha) e, finalmente,
cantar, dentro e fora da piscina. Também aprendeu a ter noção do que é amanhã –
amanhã é dia de...PISCINA! - ele
completava, agitando-se todo.
Os
cabelos cresceram, ele até começou a tirar a touca da minha cabeça e pedir para
colocar!
Em
13 de novembro, ele fez a 1ª aula na turma de adaptação, após quase 1 mês de
indicação do professor, que achava que ele estava pronto. Lá foi ele, com o
pai. No início, pareceu que tudo ia bem; após 30 min de aula, acho que ele se
tocou que estava sem o papai e a mamãe a abriu o berreiro... dias depois, na 2ª
tentativa, foi a minha vez: chegamos lá, estava outra professora. Nem sei se isso
foi um agravante para ele, mas ela foi muito legal: me deixou entrar, mas pediu
que eu ficasse com a outra criança, ao lado dele, mas não com ele. Resultado:
ele chorou durante a aula toda, em intensidades variadas, mas não parou...
Na
semana seguinte, ele já ficou resistente quando percebeu o ritual de preparo.
Não quis vestir a sunga, não quis sair da casa, não quis andar, não quis
desgrudar de mim; tentei ficar na borda, tentei combinar que ficaria atrás do
vidro, prometi passeios e brincadeiras para depois. Voltei a nadar, o Zé levou
ele para me ver na piscina, deixei ele perguntar para o professor se eu
chorava, mas o choro persistiu. Aula a aula, a proporção “chorando/sem choro”
foi se invertendo até que, na última semana antes do recesso ele foi animado,
entrou espontaneamente, se divertiu na aula e ao final disse: “acabou a
bincadeia” (virando as palmas das mãos para cima e erguendo os ombros).
Ah,
não posso deixar de registrar o Festival de Natação, no dia 8 de dezembro. Ele
ganhou na categoria desespero. Chorou tanto que meu coração ficou espremido.
Mas adorou a medalha e, naquela tarde, celebrou o aniversário de 2 anos com
toda a família e a medalha orgulhosamente pendurada no pescoço – até a aula da
4ª-feira, que fez ainda com a medalha (a festa foi domingo)!
Outra
ajuda fundamental para ele se conformar com as aulas foi a Julia. Eles logo
ficaram amigos e ela dizia (a pedido meu): não chora. Na véspera do Festival, a
recepcionista da escola disse: Fe, não é pra chorar não, tá? Ele passou a repetir
isso toda vez que chorou na piscina ou fora dela: “a tia falou: não é pa choia não
Fe”, com a fala entrecortada por soluços.
Fiquei
apreensiva se com o recesso ele não regrediria na motivação de ir para a aula,
mas no dia 2, lá fomos nós – e a Julia. E foi tudo super bem!
Engraçado
é que ele às vezes diz: o tio Gustavo chorou. Ou se lembra dos coleguinhas que
choravam: não choia, Isabela! Como se ele nunca tivesse chorado.
Outro
incentivo para ir para a natação é fazer o ensaio no vestiário, em frente ao
espelho grande – andar sobre o banco, pular cantando zipi-zipi-zipi-zá,
apoiar-se no ombro da mamãe de bater as pernas no ar. E a promessa do banho no
chuveiro das crianças, com direito a usar secador de cabelos.
O
próximo desafio será a mudança de horário e de professor, prevista para
fevereiro, quando começar a frequentar a escola. Aguardem o relato!
Vejam as fotos da Demonstração dos Bebês, em abril de 2012.
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