domingo, 6 de julho de 2014

Conversas cotidianas

[texto escrito em 17 de maio]

Editadas, mas tentando juntar algumas das pérolas...tudo é fala autenticamente dele.

- Filho, eu não gosto disso/isso não está certo. Peça desculpas.
- Desculpe, mamãe/papai. Agora vamos ficar de bem [ie, dar um beijo e um abraço]. Agora você tem que me pedir desculpas também.
- Eu não! Porque você pediu desculpas?
- Porque [justificativa]. Ah, mas você não me obedeceu!
- Filho, quem manda em casa?
- O pai e a mãe...
- Na casa do tio Tuti e da tia Simone, você tem que obedecer o tio Tuti e a tia Simone.
- Mas a Bia, não.
- Não, a Bia também tem que obedecer o tio Tuti e a tia Simone. E você não pode brigar com ela. E na casa da tia Cema, quem manda é a...
- Tia Cema.
- Na do tio Fuji, você tem que obedecer o tio Fuji [e a Dona Luísa, ele acrescenta]. E na casa do Vovô e da Vovó, quem manda é...
- O Spyke. E o Vovô e a Vovó.

- Vou dormir na cama do papai e da mamãe. Boa noite. Ei, cadê o pessoal?
Depois de conferir: ursos, carneiros, Totoro, Leny (tubarão) et al.
- Boa noite. Amanhã tem mais. Agora é hora de ficar bem quietinho. Depois do xixi da madrugada eu vou para a minha cama. Mas quando a minha cama ficar grande, o papai e a mamãe vão dormir lá. E quando eu ficar grande, eu vou ficar com a cama do papai e da mamãe. E quando eu ficar pequeno, eu vou dormir no berço!
- Você lembrrra que outro dia o xixi escapou na sua cama e na cama do Fe? Ah, mas foi um acidente. Não fica chateada, mãe.
- Não fico, mas se você quiser fazer xixi, tem que chamar o papai ou a mamãe, ok?
- ok.
- Beijo de boa noite. Amanhã tem mais. Amanhã é [dia de escola ou fim de semana].
Segundos depois:
- Ei, mãe, você esqueceu de me dar beijo de boa noite!
- Dei sim.
- Mas eu quero mais.
Beijo, beijo, beijo.
- Ei, mãe, fica mais um pouco aqui comigo.
- Só se você ficar bem quietinho porque agora é hora de fazer nana.
Blablablablablabla... o ‘fantamas’ é bonzinho, o caminhão guindaste é malvado, o ‘puto’ [pluto] é um ‘atrapalhão’, o monstro é bonzinho... relembrando do que viu durante o dia, das brincadeiras etc.
- Filho, agora chega. Bem quietinho.
zzzzz....

- Mãe, toma uma vitamina para você não virar um fantasma. Que nem a Chihiro.
Esse era um dos desenhos que ele não gostava. Tinha medo.
- Agora sou corajoso. Eu não tenho mais medo. E os ‘fantamas’ são bonzinhos!

- Mãe, você não alcança a batata da vovó?
- Não.
- Me pede colo que eu vou alcançar.
Colo e nada de alcançar a prateleira mais alta do armário da cozinha.
- Só o papai alcança. Hoje vamos comer outras coisas gostosas.
- Mas o Hulk alcança. Só o papai e o Hulk.

- Mãe, eu quero esses aís.
- Oi?
- Mamãe queida, amada, pode pegar esses aís, pode? Por favor? Pooooode [já pegando, sem esperar resposta].

- Filho, você sabia [...]
- Eu sabio.

- Eu fazi. Eu di.
- Eu cabo aqui.
- Eu prendei você!
- Eu enrolei [=girei] o botão do aparelho de nuvem [=umidificador].
- Me pede colo, por favor?
- Eu vou tomar [dar] banho em você.
- E essa é da mãe. E esse é do Fê. É de mim! Se o Ekiri pegar sem falar pedir eu vou ficar muito brrravo.

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