terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Balanço 2014



Como disse, uma das minhas lembranças de réveillon em família é meu pai nos pedindo para fazer o balanço do ano em 31 de dezembro. Confesso que ao final do ano, eu diria que se não fosse pelo Alexandre, eu não teria considerado 2014 um ano bom. Precisei fazer o balanço do ano para ver que, como todos os anos de minha vida, tenho sido basicamente feliz e só tenho a agradecer pela minha vida e família – a que me criou e a que estou criando.
Pensando no que foi este ano para o Fernando, nossa, quantas mudanças!

Começamos literalmente com uma grade mudança: há exatamente 1 ano viemos para essa casa (mudamos dia 16/jan, mas o Fernando passou aquela noite na casa do tio Tuti, tia Simone, se divertindo com a Bia). O quintal era só mato, a sala (grande) estava cheia de caixas, tudo estava meio improvisado, mas logo cozinha e quartos funcionavam bem.
O Fernando ainda usava fralda para dormir (no berço) e com o calor só aumentando, e a descoberta de que o quarto dele era o mais quente da casa, compramos fraldas de cão para forrar o colchão e tiramos a fralda da noite. Ele logo se adaptou (e nós, por precaução, compramos um bom protetor de colchão).
Na mesma semana, ele já deixou o berço – a cama era muito mais legal e ele gostou da grade de proteção (nós também) que encaixa embaixo do colchão.
Adaptou-se bem à nova escola de natação, bem impressionado e se achando um menino grande por nadar na piscina grande.
Adaptou-se bem à nova escola e à caminhada, bem mais longa, para chegar até lá. Curtia tanto o percurso (caminho das pedras, córrego sujo – cada dia com um lixo novo), que chorava quando tinha que ir de carro. “Eu quero ir a pé”, protestava, chorando.
Só revendo fotos e vídeos me dou conta do quanto ele se desenvolveu:  estatura  - 97cm em dez/2013, 104 em out/2014; fala - necessidade de intérprete para se comunicar com os outros; e ao final do ano, argumenta, explica, questiona, se expressa, enfim, se comunica; habilidades várias: fazer bolo (de verdade ou de massinha) e panqueca, pular num pé só, andar de patinete, de pata de dragão, pegar e bater bola, correr mais rápido, saltar de todos os lugares que alcança, escovar os dentes sozinho (a mãe sempre dá um retoque), fazer gargarejo, contar números, cantar músicas, identificar as letras do alfabeto, jogar dominó, montar quebra-cabeças, comer sozinho, ir ao banheiro sozinho (pacote mirrado: xixi e pum; para pacote completo, ainda precisa de ajuda), contar histórias, desenhar, usar tesoura (só com supervisão de adulto), usar o controle remoto da TV e dvd (do espaço kids), tirar foto, usar o tablet (jogo de sombras e imagens, memória, quebra-cabeças, notas musicais, colorir desenhos), falar ao telefone, abrir e fechar portas com chave (agora tenho que esconder as chaves)... até fazer polichinelo! Essa lista pode se alongar, mas paro por aqui.

Não sei o quanto ele vai se lembrar da gravidez do Alê e nunca saberei como ele processou as coisas. Mas ele aceitou bem a ideia de ter irmão, curtiu a barriga da mamãe crescer, curtiu dormir na casa da vovó quando a mamãe ficou no hospital. E o mais importante: curtiu ver o irmão quando ‘a barriga da mamãe caiu’.

2014 foi o primeiro ano em que ele entendeu que bons meninos ganham presentes nas datas especiais. Começou com o coelhinho da Páscoa, amigo do Papai Noel. Mas para nós, o importante é o reforço no dia a dia de que suas atitudes, boas e más, trazem consequências; e entender esse processo é mais importante do que as recompensas ou punições.

Para os pais, é difícil - mas efetivo - manter a coerência e a palavra: ao irmos para um lugar, explicamos o que faremos, como ele deve se comportar e quando vamos embora; antes de começar o banho, revisamos as regras e combinamos quando o banho acaba; se você desobedecer, vai acontecer tal coisa (levar um tapa na mão, ir embora, acabar a brincadeira etc.)... cumprimos a palavra e se ele faz bico de choro, avisamos: não é para chorar. E se a ‘briga’ é com a mãe, não adianta chorar com o pai, ou vice-versa.
No fim das contas, ele tem muito orgulho de ser obediente. E nós também!

Como tenho dito, o Fernando é basicamente uma criança feliz. Geralmente acorda de bom humor, diverte-se com qualquer coisa, sabe brincar sozinho, é extrovertido, curte a casa, a escola, a natação...e o irmão!

E o Alê?
A noção de tempo aqui segue outro ritmo. Confirmei a gravidez no dia em que mudamos para esta casa! E ao longo do ano, a gravidez foi tumultuada pelas condições de trabalho da mamãe, mas tudo transcorreu bem durante toda a gestação, com natação regularmente (e yoga no final), e parto. E que parto! Sempre terei orgulho dessa experiência. O nascimento do Alê foi o melhor presente de aniversário da minha vida.
O desenvolvimento dele tem sido ótimo, embora para o Fernando pareça lento: ele ainda não sabe sentar? Não pode comer? Não sabe falar?

É, foi um bom ano. E que venha 2015!

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