terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Hotel



- Mãe, hoje podemos ir para o hotel?
- Não, filho, hoje é 2ª-feira. Dia de...
- Escola... (baixando a cabeça, fazendo beiço e encurvando as costas com os braços caídos).

- E amanhã? Podemos?
- Amanhã é 3ª-feira. Dia de...
- Ah, mãe, quando podemos ir para o hotel?
- Nas férias ou algum final de semana, mas temos que nos planejar, telefonar para o hotel para saber se tem lugar para nós, fazer lista do que levar e outros preparativos.
- Mas não tem problema!

E lá se vai o Fernando arrastando um banco para alcançar o telefone na cozinha:
- Alô? Hotel? Tudo bem? Podemos ir aí? Ahã. Então tá, tchau, um beijo.

Pronto, mãe, tudo resolvido. Podemos ir para o hotel.
...

Na cabeça dele, as lembranças se misturam, mas uma certeza ele tem: hotel é lugar legal. Ele se lembra do hotel que tem toim-toim e lagoa com girinos (Monteiro Lobato, 2013) e do que tem beliche (Ilhabela, 2014), mas não registou a primeira ida à praia (Ubatuba, 2013).
Como curtimos muito a pousada em Monteiro Lobato no ano anterior, decidimos ir novamente e convidamos o tio Pipo & família. De 10-12/dez, reinamos na pousada, quase vazia. Ficamos em chalés vizinhos e ele guardou bem: o nosso é a casa nº 3. Mais uma vez, ficamos na cidade sem sair da pousada. Desta vez, deu para aproveitar a piscina. Ainda assim, ele não se lembrava da água gelada e, após o 1º pulo cheio de empolgação, saiu gritando e assustado da água. Depois, se acostumou e ficou até ficar ‘enferrujado’ (=enrugado) e roxo. Como da outra vez, o parque e o toim-toim renderam muita diversão. Mas o melhor mesmo, foi ter a família do tio Pipo junto, fazer todas as refeições juntos, deixar papai, mamãe e Ale para ficar com tio Pipo, tia Kathrin e Liam. Nem a chuva que caía à tarde atrapalhou.
Na hora de ir embora, ele só aceitou porque falamos que iríamos para a praia. E melhor: tio, tia e primo iriam também. Êba!!! Ele não teve dúvidas: entrou no carro do vovô, colocou o cinto e disse que iria com eles... a contragosto, aceitou ir conosco.
Caindo na estrada, achamos melhor irmos de forma independente, por causa do Liam e Alê. Parar ou seguir viagem dependia muito deles.
O tempo fechou bem na hora que paramos para almoçar, numa fazendo que achamos simpática. Pipo seguiu viagem. Parou de chover quando terminamos de almoçar.
Chegando à praia (Boiçucanga) sob chuva, na 6ª-feira, tio Pipo & família já estavam instalados e nos deram as boas vindas. A pousada era bem simples: um salão de jogos e uma piscina. A chuva foi persistente, mas também não nos atrapalhou. Fizemos as refeições lá, e conseguimos ir à praia no domingo. Desta vez, o Fernando estranhou o mar, mal molhou os pés e depois de brincar um pouco na areia, o tempo abriu tanto que achamos melhor procurar sombra e voltamos para a pousada. Depois disso, ele não quis mais saber da praia, mas aproveitou muito a piscina!
Nós voltamos na 2ª, mas o tio, a tia e o Liam ainda ficaram por lá até 4ª (e dias depois, Boiçucanga ficou isolada por causa da chuva).

O diálogo que inicia este post continua se repetindo de vez em quando.

Com o fim das férias se aproximando, pensamos em ir novamente para Monteiro, mas optamos por outro destino: Pindamonhangaba. Fazer o quê? Ficar no hotel! Vamos dia 21 e o Fernando está contando os dias para a próxima viagem.


Monteiro Lobato.
Na varanda da 'casa' do Liam.
 


Dá a mão, tia Kathrin? Dá o pé, Liam.


Fazendo a digestão no salão de jogos, depois do almoço.
  
A cachoeira continua gelada.
 
Alê, não é assim...


É assim: tóim-tóim


Além dos girinos, desta vez a mamãe pegou um gafanhoto.




Parada para almoço na Fazenda, entre Monteiro Lobato e Boiçucanga

Eu sou corajoso!

Tio, tia, eu estava preocupado com vocês. Reencontro em Boiçucanga



Bom dia, hora do café da manhã!

 

 

 


Meu pacotinho roxo (de frio) e 'enferrujado' (de tanto ficar na água)


Depois de muita piscina...

Para não levar picada de mosquito nem borrachudo!
 
Voltando para casa...














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