- Mãe, hoje podemos
ir para o hotel?
- Não, filho, hoje
é 2ª-feira. Dia de...
- Escola...
(baixando a cabeça, fazendo beiço e encurvando as costas com os braços caídos).
- E amanhã?
Podemos?
- Amanhã é
3ª-feira. Dia de...
- Ah, mãe, quando
podemos ir para o hotel?
- Nas férias ou
algum final de semana, mas temos que nos planejar, telefonar para o hotel para
saber se tem lugar para nós, fazer lista do que levar e outros preparativos.
- Mas não tem
problema!
E lá se vai o
Fernando arrastando um banco para alcançar o telefone na cozinha:
- Alô? Hotel? Tudo
bem? Podemos ir aí? Ahã. Então tá, tchau, um beijo.
Pronto, mãe, tudo
resolvido. Podemos ir para o hotel.
...
Na cabeça dele, as
lembranças se misturam, mas uma certeza ele tem: hotel é lugar legal. Ele se
lembra do hotel que tem toim-toim e lagoa com girinos (Monteiro Lobato, 2013) e
do que tem beliche (Ilhabela, 2014), mas não registou a primeira ida à praia
(Ubatuba, 2013).
Como curtimos muito
a pousada em Monteiro Lobato no ano anterior, decidimos ir novamente e
convidamos o tio Pipo & família. De 10-12/dez, reinamos na pousada, quase
vazia. Ficamos em chalés vizinhos e ele guardou bem: o nosso é a casa nº 3.
Mais uma vez, ficamos na cidade sem sair da pousada. Desta vez, deu para
aproveitar a piscina. Ainda assim, ele não se lembrava da água gelada e, após o
1º pulo cheio de empolgação, saiu gritando e assustado da água. Depois, se
acostumou e ficou até ficar ‘enferrujado’ (=enrugado) e roxo. Como da outra
vez, o parque e o toim-toim renderam muita diversão. Mas o melhor mesmo, foi
ter a família do tio Pipo junto, fazer todas as refeições juntos, deixar papai,
mamãe e Ale para ficar com tio Pipo, tia Kathrin e Liam. Nem a chuva que caía à
tarde atrapalhou.
Na hora de ir
embora, ele só aceitou porque falamos que iríamos para a praia. E melhor: tio,
tia e primo iriam também. Êba!!! Ele não teve dúvidas: entrou no carro do vovô,
colocou o cinto e disse que iria com eles... a contragosto, aceitou ir conosco.
Caindo na estrada,
achamos melhor irmos de forma independente, por causa do Liam e Alê. Parar ou
seguir viagem dependia muito deles.
O tempo fechou bem
na hora que paramos para almoçar, numa fazendo que achamos simpática. Pipo
seguiu viagem. Parou de chover quando terminamos de almoçar.
Chegando à praia (Boiçucanga)
sob chuva, na 6ª-feira, tio Pipo & família já estavam instalados e nos
deram as boas vindas. A pousada era bem simples: um salão de jogos e uma
piscina. A chuva foi persistente, mas também não nos atrapalhou. Fizemos as
refeições lá, e conseguimos ir à praia no domingo. Desta vez, o Fernando
estranhou o mar, mal molhou os pés e depois de brincar um pouco na areia, o
tempo abriu tanto que achamos melhor procurar sombra e voltamos para a pousada.
Depois disso, ele não quis mais saber da praia, mas aproveitou muito a piscina!
Nós voltamos na 2ª,
mas o tio, a tia e o Liam ainda ficaram por lá até 4ª (e dias depois,
Boiçucanga ficou isolada por causa da chuva).
O diálogo que
inicia este post continua se repetindo de vez em quando.
Com o fim das
férias se aproximando, pensamos em ir novamente para Monteiro, mas optamos por
outro destino: Pindamonhangaba. Fazer o quê? Ficar no hotel! Vamos dia 21 e o
Fernando está contando os dias para a próxima viagem.
Monteiro Lobato. |
Na varanda da 'casa' do Liam. |
Dá a mão, tia Kathrin? Dá o pé, Liam. |
Fazendo a digestão no salão de jogos, depois do almoço. |
A cachoeira continua gelada. |
Alê, não é assim... |
É assim: tóim-tóim |
Além dos girinos, desta vez a mamãe pegou um gafanhoto. |
Parada para almoço na Fazenda, entre Monteiro Lobato e Boiçucanga |
Eu sou corajoso! |
Tio, tia, eu estava preocupado com vocês. Reencontro em Boiçucanga |
Bom dia, hora do café da manhã! |
Meu pacotinho roxo (de frio) e 'enferrujado' (de tanto ficar na água) |
Depois de muita piscina... |
Para não levar picada de mosquito nem borrachudo! |
Voltando para casa... |
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