quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Alê – 2 meses (já?!)



A virada do 1º para o 2º mês foi aquele período de grandes mudanças! Mais tempo acordado, embora ainda sem muita interação, e cólicas...
Deu uma esfriada e não consegui mais dar banhos de sol.
Algumas vezes ele ficava acordado e quietinho no ‘cesto’. Quando resmungava, era só balançar a cadeira e ele ficava mais calmo.
À noite as cólicas pareciam piores e se estendiam pela madrugada. Ele mamava rapidamente, mas ainda fazia turnos de 2 horas e não raras vezes, passava a hora seguinte gemendo e chorando. Foi quando entendi que se não tentasse descansar durante a manhã teria que enfrentar a tarde (por causa do Fer), a noite e a madrugada em vigília (por causa do Alê)! É bem esquisito tomar café da manhã e voltar para a cama, mas nem foi difícil capotar quando o Alê também dormia, após a mamada da manhã. Afinal, para ele também devia ser cansativo passar a madrugada chorando, não é mesmo?
Passada mais uma semana, os intervalos entre as mamadas da madrugada passaram a ser de 3 horas e a choradeira se concentrava mais para o final da madrugada, quase amanhecendo...
Durante o dia, as mamadas continuaram frequentes, com intervalos de não mais que 2 horas (“livre oferta”).
Na 2ª metade do mês, ele passou a ser mais expressivo e os sorrisos vinham sempre após as mamadas, mas também em resposta a beijos bem estalados nas mãos. Os olhos acompanham atentos os objetos deslocados para lá e para cá. O rosto se volta para onde tem som. O corpo estremece quando ouve um barulho mais alto. O pescoço ficou bem mais firme – sustenta a cabeça quando colocado de bruços!
As covinhas na base dos dedos ficaram mais evidentes.

A consulta do 2º mês (17/10) foi antecipada depois do Fer passar uma semana com febre todas as noites. Ficava bem durante o dia, mas à noite, vinha ficava febril... (a médica prescreveu antiinflamatório e antialérgico. Ficou bem.)

Peso: 4920g. Altura: 58 cm.


Resultado do ultrassom: quadril maduro.

Como o ganho de peso está evoluindo bem, a médica me liberou de acordá-lo para mamar. Se ele dormir, deixe. Assim, já acordo uma ou duas vezes entre meia-noite e 6h da manhã, mantendo a ‘livre oferta’ durante o dia, mas sem culpa se ele acionar a ‘livre demanda’ quando eu trabalho ou descanso.

Quanto a mim, minha linha alba ainda é bem visível e ainda sinto meu abdômen bem fraco...

Ao completar 2 meses, todo bebê ganha de presente um monte de vacinas! Rotavírus, por via oral, e outras 3 na coxa... mentira se eu disser que dói mais em mim do que nele. Afinal, ele chorou muito, pobrezinho! Mas logo se acalmou.
Com esse monte de vacina, difícil escapar de alguma reação adversa. Horas depois, o Alê teve febre e o local das picadas ficou duro. Desta vez, demos dipirona (eu me lembro que fiquei com receio de dar antitérmico para o Fernando e ele ficou com uma toalhinha fria na cabeça, gemendo, chorando...). Hoje (23/10) ele já estava melhor.



Quero colo!


Assim está melhor...

Oi, mamãe!

Firme e atento, papai!

Oi?!

zzzzz

e mais um pouco...

Hoje está calor!

Já me mexo mais no berço.

Limpo e cheiroso

Mais expressivo. Agora, feliz e relaxado!

Mais expressivo: vou chorar...

Mais forte!
Maior e mais fofo!
Muito fofo!

Com o carneirinho preferido do meu irmão.


O Fernando achou esse elefante no meu bumbum bem engraçado!

A foto do mês: Fer e eu.

21 de setembro: 1 mês

21 de outubro: 2 meses





terça-feira, 28 de outubro de 2014

Educação e cultura familiar



Inicialmente, eu tinha pensado no título ‘usando o que digo contra mim’ (ou algo assim) para este post. Mas repensando, o registro mais importante é que o Fernando tem assimilado nossas orientações, a ponto de utilizá-las em contextos diversos adequadamente. É impressionante como se estabelece a cultura familiar: trejeitos, expressões, vocabulário, gestos, assuntos, interesses, conversas, rituais etc.

Na hora das refeições: filho, come.
- Só se você me pedir por favor, mamãe!

Quando derrubo algo:
- Ai, ai, ai,ai, ai, mamãe, mamãe...
E se é algum brinquedo dele:
- Ei, você não vai me pedir desculpa?
Se estiver mal-humorado...
- Mãe, eu não estou gostando disso! Você tem que me pedir desculpa! Você pegou sem 'falar pedir'!
- Me desculpe.
- Agora você tem que me dar um abraço e um beijo pra ficar de bem!

Atendendo a um pedido:
- Fê, posso ficar aí com você? ou Você me faz um favor?
- Claaaaro. Claro que sim, mamãe!

Na hora de escovar os dentes: água no copinho e torneira fechada.
- Porque a água do planeta está acabando...

Brigando comigo:
- Ei, você não está me obedecendo!
- Quem é que manda nesta casa?
- O papai e a mamãe (já baixando o tom da voz)...

Quando brigo com ele:
- Calma, mãe, você está nervosa. Fica caaaalma. Respira.
(respiro fundo)
- Tá mais calma? Que bom.

Conversas
- Mãe, deixa eu te contar. Presta atenção.
- Me conta, me conta tuuuudo!
- Sabe, blablablabla...

Agora que alcança o telefone: tecla um monte de números
- Oi vovó, você está bem?
- Eu estou ótimo! Tá, um beijo, tchau.
(mesmo jeito de falar, volume da voz, ritmo da fala...)

Outro dia, ele foi receber o técnico da TV:
- Oi, bom dia, tudo bem? Qual o seu nome? (eu sempre pergunto o nome das pessoas e incorporo na conversa)
- Milton. E o seu?
- É Fernando. Pode entrar (destrancou o portão sozinho).

Para todo prestador de serviço técnico que esteve por aqui:
- Só um minuto, vou buscar minha caixa de ferramentas.
Sai correndo e volta correndo.
- Pronto, aqui está. Posso te ajudar por favor? Tem alguma coisa que eu posso fazer?

Fora isso, continuam valendo as regras básicas e simples: caiu-levantou, abriu–fechou, sujou-limpou, bagunçou-arrumou. Mas ele aprende a fazer a bagunça dele ‘dentro’ das regras. Por exemplo, ele agora alcança bem os armários e para os que não alcança, nada que arrastar uma cadeira até o local não resolva. Abre e fuça em tudo! E depois fecha. E diz: mas eu fechei, mamãe...
- Filho, não faça isso, você vai cair.
Faz. Cai. Às vezes, até chora. Ou mesmo se tropeça e cai acidentalmente:
- Ôpa, caiu-levantou.
- Ufa, ainda bem que não foi nada, mamãe.
(vale sempre o exercício de identificar porque caiu)

Sujou-limpou. Uma vez ele sujou a parede e eu disse: agora vamos limpar. Ele se empolgou tanto que fiquei com medo que ele sujasse outras só para limpar...

Bagunçou-arrumou. No espaço kids.
- Filho, vamos almoçar?
- Ah, mãe, sabe o que é? Estou muito ocupado. Ainda não terminei de construir minha máquina...
- Depois você continua.
- Ok, mas não vai mexer, hein? Vou ficar de olho!
E no final do dia...
- Vamos arrumar, filho?
Às vezes, ele começa a arrumar tudo. Outras vezes, pede ajuda. Como anda numa fase competitiva, outra possibilidade é ver quem guarda mais coisas: eu ou ele. E ele comemora:
- Eu guardei ma-ais. Papai Noel vai dar mais pesente pro Fê do que pra você-ê. (balançando o tronco e a cabeça)

Ajudar o outro nas tarefas é outra coisa que tentamos cultivar. Aceitar a ajuda do Fernando significa ter o dobro do trabalho, demanda mais tempo e muito mais atenção e cuidado. Mas aceito de bom grado. E não é que ele adora fazer faxina?! Bolo, então... Ajudar o pai a consertar as coisas pela casa, limpar o gramado e regar as plantas, então!...no fundo, a diversão é brincar com água e usar os aparelhos domésticos e ferramentas.
Outro dia, me perguntou:
- Mãe, posso lavar louça, por favor?
- Ah, filho, ainda acho perigoso. Quando você for maior eu deixo. Aí você me ajuda, por favor?
- Claaaaro. Claro que sim.
Depois de alguns minutos ele volta e pergunta:
- Mãe, eu já cresci? Agora posso lavar louça?!

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

E aí, Fernando, que tal o Alê? (Afinal, ter irmão é legal?)




Com a voz fininha e delicada, enquanto acaricia o pé do Alê: ahhh, que lindinho!
Ele quis participar de tudo: carregava o banquinho que fica no banheiro para ver cada troca de fralda. Adorou limpar as mãos com álcool gel – geladiiinho! Mas ficou mal impressionado: eca, eca, que meleca. Ai, e não gostei desta casquinha no umbigo... (até se encolheu).
Deixa eu te ajudar: pega o pacotinho (=fralda suja) e corre para o banheiro, para jogar no lixo.
E de repente: Squeeeeeze! No saquinho do Alê.
Na hora do café da manhã, lá vem ele, arrastando o banco que o vovô fez para colocar ‘o cesto’ e deixar o Ale do lado da cadeira dele.
E quando o Alê chora, lá vai ele cantar: nana nenê, que a cuca vem pegar. Papai foi pa roça, mamãe foi trabaiá... boi, boi, boi, boi da cara peta, pega o meu filhinho que tem medo de careta.
Quando o choro persiste, ele corre atrás de um bichinho e põe junto do Alê: toma Alezinho.
Ô mãe, dá leitinho pro Alê. Acho que ele tem que mamar. Ou explica: acho que ele está tendo um pesadelo, mamãe...

Mãe, posso carregar o Alezinho?
Mãe, ele é bonitinho, mas é meio esquisitinho...

Passado o 1º mês, ele já não faz tanta questão de acompanhar todas as trocas de fralda, mas ainda ajuda com o mesmo ânimo. Gosta de ver o banho, gosta de tocar na pele do irmão – “ele é macio”, justifica.

Quando vou busca-lo na escola, ele corre para o carro e a primeira coisa que faz é dar um beijo no Alê. Depois, senta na cadeirinha e vai de mão dada com o irmão.
Pela manhã, beijos de bom dia; pela noite, beijos de boa noite.

Não forçamos o Fernando a nada disso. Simplesmente é como nos relacionamos em família e com o Alê não tem sido diferente. É cedo para falar, por isso, ainda é um sonho ou um desejo que quero muito realizar (embora não vá depender somente de mim): que Fê e Alê sejam como Keilla e Karen, as irmãs La Corte, Sil e Clau Cruz, Simone e Ciomara, Lu e Lê Giatti, Mayara e irmãs e outros irmãos e irmãs. Quem conhece sabe do que estou falando.

Enfim, desde o início, ele é atencioso, curioso e carinhoso com o irmão, mas não deixou de ser ele mesmo; não deixou de gostar de suas brincadeiras e se concentra bastante nelas. E explica: mas o Alê é muito pequenininho, não sabe brincar disso.

Recentemente ele aprendeu a identificar o símbolo ‘proibido para menores de 3 anos’, que agora ele sempre checa nas embalagens. E explica: proibido para bebês. O Alê não pode!

Por outro lado, também tento mostrar que o Alê não pode alterar muito nossa rotina. Um dia, eu estava brincando com o Fer, quando o Alê começou a resmungar. Eu disse, pacientemente: “Ah, Alê, tenha paciência; agora é minha vez de ficar com o Fer”. O Fernando abriu um sorriso, me deu um abraço e explicou, também pacientemente: é, Alê, agora é brincadeira só do Fê e da mamãe. Fica quieto aí no cesto!”

E hoje, em tempo de incluir neste post, perguntei ao Fernando: como foi o dia hoje na escola?
- Nós fizemos atividade de giz de cera. Eu desenhei a minha família!
- E quem é a sua família?
- Eu, o Ale, a mamãe, o papai e o Erik! 

Depois de tanto beijo na barriga, foi delicioso confirmar o carinho do Fer pelo Alê


Caaalma, Alê. Toma, um cachorrinho.

Um carinho e meu carneirinho.


Não chora, Alê. Fica calmo, respira!



Não perco o meu desenho (espiando a TV no espaço kids), mas também quero participar.

Mostrando o pessoal pro Alê (mamando). Óóólha, Alê!

Gostou?

Ai, ele é meio mole!

Eu não gostei da falda suja. Nem do umbigo.

O Alê não pode comer kiwi. Ele é banguela!

Já tirei muitas fotos com minha máquina. Diga x!

Oi Alê...

Fiz um desenho pra você. Tó, péeeeega!

 Ihi! Foto favorita da mamãe.

Alê acorda! Tá de dia. Briiiinca...

Essa brincadeira é do Fê e da mamãe. Ela separa as peças; eu monto.

Hora do café da manhã. Bom diiiia!

No carro, indo para o médico. Dá a mão...

Se divertindo com algum desenho na TV.

Hora do banho!

Deixa eu ver?

Parabéns, Alê! (21/set)

Ai, mamãe, eu tô meio torto. O Alê tá me amassando...

Smack!

Mãe, deixa eu segurar o Alê?

Segura o cachorrinho Alê...

Amores!

Tchau, Alê. Vou para a escola.

Hora do leitinho, pessoal!

Ai, o Alê tá nervosinho...calma!

Brinca comigo no espaço kids!

O Alê está pesadinho!